O basquetebol em Cosmópolis já foi praticado por uma boa parcela da população nos anos 80 e 90, chegando a ter uma equipe adulta de prestígio na região. No entanto, por falta de incentivo à prática e, principalmente, pela política pública totalmente voltada ao futebol, a cidade não renovou seus praticantes de basquetebol e ficaram poucos praticantes no início dos anos 2000.
Em 2011, com a fundação da Associação Atlética de Cosmópolis (AAC), o basquetebol voltou a respirar na cidade. Aos poucos, a AAC foi conquistando mais praticantes, melhor infra-estrutura e, consequentemente, resultados expressivos em competições esportivas.
Em termos de infra-estrutura, no início, os atletas da AAC tinham direito a somente duas horas semanais de quadra no Ginásio Municipal de Cosmópolis e todo material era cedido pela Prefeitura (bolas, coletes, uniforme, quadra, etc.). Além disso, os mandos das partidas em competições oficiais eram realizados em Paulínia.
Com o crescimento do grupo em número de participantes e organização, a AAC buscou um novo local de treinos que disponibilizasse maior horário de quadra e com as medidas oficiais da modalidade (permitindo, assim, o mando de jogos). Surgiu, então, a parceria com o Círculo de Amigos do Menino Patrulheiro (CAMP). O CAMP cedeu o seu espaço e a associação, com a ajuda da empresa Revest Group, reformou a quadra.
Junto da nova casa, veio a nova identidade da equipe adulta, que passou a se chamar Cosmópolis Blue Wings. O time principal, além de representar a cidade em competições pela Região de Campinas, também teve papel importante para despertar o interesse de mais jovens na prática da modalidade. O grupo buscou servir como um modelo de postura para os mais jovens, buscando criar bons hábitos de treino e passando bons ensinamentos além das quadras. E à medida que a equipe passou a conquistar melhores resultados, surgiu um interesse deles serem futuros membros dos Blue Wings.
O Treinador, Felipe Braga, de 29 anos, nos conta como foi a iniciativa de estar colocando “Blue Wings” como o nome oficial do time, aqui de Cosmópolis. “Decidimos adotar um nome norte-americano para criar um chamativo a mais para a equipe para que ficássemos com a NBA (National Basketball Association). O nome Blue Wings é uma homenagem à arara Alice. Quem vive em Cosmópolis há um pouco mais de tempo, deve lembrar que ela era a mascote da cidade. E, coincidentemente, um dos lugares que ela mais frequentava era perto da tabela de basquete da Praça do Rodrigo”, explica Felipe.
O jogador nos conta também sobre como são divididas as turmas para os treinos de basquete. “Nos últimos anos, nosso grupo cresceu bastante. E por isso, dividimos a escolinha em dois grupos:
– temos a turma de alunos abaixo de 13 anos, que treina no CAMP, às terças (20h às 21h) e aos sábados (14h às 15h);
– e a segunda turma tem entre 13 e 16 anos. Os treinos são às quintas (20h às 21h) e sábados (15h às 16h).
Este ano, o coordenador dos treinos da escolinha é o Yuri Avansini. Ele monta e planeja as atividades. Nos treinos de meio de semana, quem vem atuando como treinador é o Pedro Jr. (que também é atleta do adulto). Ele conta com o apoio dos atletas do sub18, que atuam como assistentes. Aos sábados, o treinador é o próprio Yuri.
O adulto (junto da equipe sub18) treina de terça, quinta e domingo, sendo durante a semana das 21h às 22h30 e nos fins de semana das 10h às 12h. Para esta equipe, o treinador é o Jeferson Cavalieri”.
Felipe explica que, como Associação, o objetivo principal é difundir o basquetebol em Cosmópolis. “Incentivar novos praticantes, ensinar aos jovens a modalidade e também passar bons princípios, como respeito ao próximo e trabalho em equipe. O objetivo de mais longo prazo (quase que um sonho) é trabalhar para tornar o basquete a modalidade esportiva de Cosmópolis. Para tal, sabemos que precisamos evoluir em infra-estrutura e, como organização, hoje temos muitos garotos na nossa escolinha, mas ainda temos dificuldades com patrocínio e arrecadação de recursos. Temos uma parceria muito boa com a Escola Giga de Cosmópolis. Os alunos da AAC têm direito a cursos de informática grátis. E vamos atrás de apoios semelhantes a este.
Agora, os objetivos de quadra são divididos por categoria. Temos uma parceria com a Prefeitura Municipal para a escolinha de basquete. Neste ano, jogaremos as categorias sub11, 14 e 16. Nas três, a ideia é dar vivência aos garotos, sem muita pressão por resultados, até porque muitos estão começando.
Já pra o sub18, jogaremos a Copa Artur Nogueira. A ideia é mesclar com atletas do adulto e dar rodagem pros mais novos. Muitos ainda não tiveram a oportunidade de disputar partidas no ano passado e na Copa Artur Nogueira poderão mostrar serviço. Não há pressão por título, mas, se espera que eles evoluam ao longo do torneio.
Vale destacar que, para este campeonato, passamos a liderança para os próprios meninos. Nosso jogador, Vitor Rodrigues atuará como capitão e, possivelmente, treinador da equipe.
Por fim, a equipe adulta está disputando a Série Ouro da LMB (Liga Metropolitana de Basquete). Ano passado fomos campeões da Prata e agora disputaremos um torneio ainda mais forte. Aqui nosso objetivo é nos classificarmos pros Playoffs (quartas-de-final) e evoluirmos ao longo do campeonato. Todos nós do time estamos ansiosos e treinando firmes para que tudo dê certo”, finaliza Felipe.