O gás encanado tem sido a realidade de muitos nos dias atuais. Na cidade de Cosmópolis, por exemplo, os prédios que são obras do Programa ‘Minha Casa Minha Vida’ já possuem este sistema.
Sobre segurança, modernidade e praticidade deste método do uso do gás de cozinha, o arquiteto Marcos Baron relata que “existem muitas cidades hoje no Brasil que se servem do gás encanado para suas necessidades diárias, tanto em residências quanto em comércios e até em indústrias. Sendo uma opção mais segura e confiável, o gás encanado é diferente do gás de cozinha comum vendido em botijões a granel, com capacidade de dois até 190 quilos, sendo que, acima de 45 quilos, dependem de projeto da companhia e fiscalização do Corpo de Bombeiros.”
Botijões de Gás ou GLP
No caso dos botijões, o gás é o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), sendo este mais pesado que o ar e, em caso de vazamentos, ele não se dissipará rapidamente. Já o gás encanado é o GN, ou gás natural, que é mais leve que o ar e, por isso, mais seguro em caso de vazamentos, pois, se dissipa rapidamente, além de causar menor impacto à natureza em função de ser produzido a partir de recursos naturais.
Canalização interna
não é gás encanado
É muito comum as pessoas que moram em prédios de apartamentos ou alguns pequenos condomínios dizerem que possuem o gás encanado, quando, na verdade, o que existe é apenas uma canalização interna que distribui o gás pelos apartamentos, mas, trata-se do GLP, que, neste caso, fica armazenado em grandes reservatórios no subsolo do edifício e é abastecido periodicamente pela companhia.
O gás encanado
O que realmente é chamado de gás encanado é o gás natural que vem através de tubulação existente nas ruas e abastece continuamente casas, edifícios e condomínios de forma ininterrupta, se tornando, portanto, bastante vantajoso no sentido de que não há interrupção em seu fornecimento e sua pressão não sofre variação, permitindo o melhor funcionamento dos equipamentos.
O custo
O custo do gás em botijão é ligeiramente mais barato quando se considera apenas o valor do produto, sem contar o vasilhame, mas, a longo prazo, a praticidade do gás encanado o torna mais vantajoso, pois, o fornecimento e a manutenção da rede é responsabilidade da empresa fornecedora. O pagamento do gás encanado é feito mensalmente como uma conta de água ou energia.
Para as aplicações que demandam um maior consumo de gás, como nos aquecedores de chuveiro, aquecedores de piscinas, pisos aquecidos, dentre outros, a chegada do gás encanado veio como forma de viabilizar tais instalações, principalmente, em residências que antes dependiam exclusivamente do GLP, muitas vezes, fornecidos em cilindros de 45 ou 90 quilos, que necessitam de projeto e estrutura específica para serem instalados, além da contínua reposição do produto.
A instalação
De maneira geral, toda instalação de gás precisa ser feita de forma muito técnica e apenas por profissionais habilitados para tal, pois, uma instalação de gás mal feita pode ser tão ou mais perigosa quanto uma instalação elétrica. Uma boa ventilação do ambiente onde os equipamentos de consumo serão instalados é fundamental para a segurança dos usuários.
A mudança pode ser realizada?
Quem usa o GLP e opta por mudar para o gás encanado precisa ficar atento à necessidade de adaptação dos equipamentos para esse tipo de gás em função das diferenças de características entre os dois tipos.
Orientação
A Comgas, empresa que faz a distribuição para 9 milhões de residências em 75 municípios de São Paulo, quando os fogões precisam de conversão, orienta que a própria distribuidora seja acionada para fazer o serviço. Entretanto, quando o produto ainda está na garantia, é obrigatório acionar a assistência técnica.
Já no caso dos modelos de fogões de embutir, o gabinete precisa de uma abertura lateral para dar acesso ao registro de segurança e ventilação para a tomada de ar durante a utilização do forno. Atualmente, o mercado oferece poucos modelos que trazem os dois sistemas. Geralmente, o consumidor precisa optar pela entrada para botijão ou para gás natural na hora da compra.
Desde 21 de setembro de 1976 existe uma legislação que determina que residências e estabelecimentos comerciais são proibidos de usar botijões em áreas atendidas pela rede de gás encanado, no entanto, o cumprimento desta lei ainda causa controvérsias.