Neste domingo, à tarde, a reportagem entrevistou um dos representantes da paralisação dos caminhoneiros, que estão parados ao redor da Replan. Importante deixar claro que não há obstrução da rodovia, os caminhões estão estacionados em margens (não em acostamentos), ficando até mesmo em estradas de terra no entorno da Refinaria.
Há duas bases de movimento, uma matriz, próxima ao viaduto de retorno no sentido Cosmópolis-Paulínia, a 700 m do Rio Atibaia; e uma filial, no sentido Paulínia-Cosmópolis, próxima ao Rio Jaguari.
Estivemos na base filial e entrevistamos o Renato, que reside em Sumaré – SP.
Veja a entrevista:
Gazeta: Conte como está no movimento.
Renato: “Chegamos aqui na quarta-feira à noite. No início do movimento, nós queríamos a redução da carga tributária, dos impostos sobre o diesel, para que baixasse o preço nas bombas”.
Gazeta: E sobre as tarifas dos pedágios?
Renato: “Sim, o pedágio também. Mas, ao longo do movimento, outras classes sociais, como perueiros, motoristas de Van, Uber, motociclistas, aderiram à causa, e vimos que o movimento cresceu. E nós, como brasileiros, classe trabalhadora, entendemos que não poderíamos parar o movimento quando vieram as primeiras conquistas, aí os representantes dos sindicatos dos autônomos não aceitaram o acordo com o [presidente Michel] Temer. Os autônomos não têm Sindicato que os represente.
Gazeta: E o que seria necessário para que vocês parassem com o movimento?
Renato: “Nós estamos parados porque não aceitamos mais este governo, não aceitamos mais este presidente, como presidente do Brasil”.
Gazeta: Então, querem a intervenção militar?
Renato: “Queremos. Só vamos voltar quando houver um pronunciamento das Forças Armadas dizendo que nós podemos voltar a trabalhar, que nossos acordos serão respeitados”.