Responsável pelo excesso de glândulas mamárias, ou seja, o aumento dos seios, a ginecomastia é uma condição comum em homens e mulheres.
Para o sexo feminino, é comum que se manifeste na “idade errada”, no período de infância e antes da puberdade, sendo esta uma possibilidade também para o sexo masculino, que, além disso, também pode ser acometido pelo problema durante a puberdade (ginecomastia puberal) e na terceira idade (ginecomastia senil).
Quando acontece na puberdade, se manifesta durante o início do processo até por volta dos 19 anos, com possibilidade de regressão espontânea. “Isso se dá pela descarga de testosterona, que, devido à idade, ainda não é utilizada no desenvolvimento do garoto, seja no crescimento corporal ou hormonal. Sendo assim, uma parte dessa testosterona é convertida em estrogênio (hormônio feminino)”, explica a endocrinologista Valéria Peixoto Meira.
No idoso, manifesta-se a partir da diminuição na produção de testosterona, tornando a quantidade do estrogênio maior. “Logo, se há testosterona em excesso, uma parte será convertida em estrogênio. Se há testosterona em falta, o hormônio feminino será maior”, pondera a médica Valéria.
Fatores e tratamentos
Dentre as causas do problema, estão o alcoolismo, insuficiência hepática, desnutrição severa e o uso de suplementos para o aumento da testosterona, que, por consequência, será convertido em estrogênio.
“É importante evitar suplementos a base de testosterona e medicações que trazem sobrecarga ao fígado. Tratamentos contra o alcoolismo são indicados”, afirma a endocrinologista.
Valéria Peixoto Meira
Endocrinologista
CRM: 106903
Atende na Clinesp e
Previna
Há medicamentos direcionados ao tratamento da ginecomastia, mas que, segundo Valéria, não costumam responder bem. “Quando se trata de uma mama muito grande, a cirurgia é indicada como opção inicial, que consiste na remoção das glândulas mamarias formadas”, pondera.
Vale ressaltar que a ginecomastia não é o mesmo que lipomastia, condição onde o aumento das mamas se dá pelo acúmulo de gorduras, não pelo aumento do tecido glandular da mama.
Cuidados
Evitar o excesso de peso, alcoolismo e medicações de metabolização hepática deve estar no topo da lista de cuidados a se ter para evitar o problema. Além disso, atividades físicas são necessárias no processo. “Mantenha atenção com a transmissão de hepatite, que pode levar a uma insuficiência do fígado e, consequentemente, a uma dificuldade em metabolizar a testosterona”, conclui a endocrinologista Valéria Peixoto Meira.
