Grupo de Cosmopolenses fala sobre caminhada até ‘Aparecida do Norte’

Jornada durou quase quatro dias e todos os devotos estiveram lá para a missa do dia 12

Independente da crença religiosa, o feriado de 12 de outubro, Dia de Nossa Senhora Aparecida, traz grandes histórias de superação, foco e determinação. Os peregrinos que se dispõem a chegar na cidade de Aparecida, interior de São Paulo, possuem uma crença ou motivo pessoal para cumprir esse objetivo superando barreiras físicas e emocionais.
A Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, é o maior templo católico do País e o segundo maior do mundo, perdendo apenas para o Vaticano. Por ano, a Basílica recebe cerca de 12 milhões de peregrinos, vindos de vários cantos do País.

Em Cosmópolis
Todos os anos, cosmopolenses participam desse autodesafio e proposta de fé. Neste ano, conversamos com um grupo de alguns peregrinos cosmopolenses que fizeram esse trajeto. Entre eles, estão Douglas Franco (Pardal), Izabela Uzun, José Rubens (Bu), Jailton Santana (Já Morreu), Alessandra Arantes, Rita Valéria, Helen Solange, Paulo Teixeira e Paulo Zanetti.

Como funciona a caminhada?
Já Morreu, como prefere ser chamado, comentou sobre o ponto de partida.
“Geralmente, nos reunimos na Dutra, altura da Capital, São Paulo, e, no nosso caso, houve uma organização geral. Funcionou da seguinte forma: no primeiro dia, tínhamos que caminhar aproximadamente 30 km para chegar a um determinado hotel pré-reservado para nós; no segundo dia, 40 km para chegar ao hotel da próxima pernoite. Então, houve metas diárias de quilometragem e cada pessoa fazia o seu ritmo até chegar lá. Tinha quem saía de madrugada para evitar o sol muito quente e, logo após o almoço, já chegava; outros com ritmos mais desacelerados chegavam mais tarde. Contudo, vale lembrar que nem todos possuem esse planejamento, alguns peregrinos acampam, outros param muito pouco para descansar. Cada grupo ou pessoa faz do seu próprio jeito”.

Distância
Pessoas com idade entre 20 e 70 anos, saíram entre 04 horas e 04h30 e percorreram, em média, na quinta: 31 km; sexta: 40 km; sábado: 45 km; domingo: 30 km; e na segunda: 15 km.

Qualquer pessoa pode participar?
Já Morreu – “Desde que tenha muita fé e não coloque em risco a saúde, vimos jovens, adolescentes, senhoras de mais de 70 anos, até portadores de necessidades especiais testando os seus próprios limites”.

É preciso levar alguma coisa?
Já Morreu – “Somente um tênis confortável, porque, do resto, há muito apoio no acostamento das rodovias, é muito bonito ver carros de apoio, barracas e caminhões cedendo água, curativos, massagens nos pés, joelhos e pernas, primeiros socorros, todos voluntariados e todos unidos pela fé em Nossa Senhora Aparecida. Há muito apoio”.

A experiência
Douglas (Pardal) – “Sempre tive essa vontade e, este ano, recebi o convite do Já Morreu e do José Rubens, o Bu. Vi, no ano passado, uma live e senti muita vontade. De início, quando eles me convidaram, não botaram muita fé em mim, mas, logo entrei em contato com o organizador e garanti minha ida em março. Posso descrever que foi a melhor sensação da minha vida. É um momento muito especial porque não existe cor, classe social, gênero, são todos iguais. Uma sensação maravilhosa, os peregrinos e os donativos que ficam no apoio e disponibilizam durante o trajeto fruta, comida, água, apoio médico e tudo mais e isso é muito lindo, é surreal. Ganhei esparadrapos, tive muita força, ganhei capa de chuva e todo mundo se ajuda mediante a uma fé inabalável, só pensando no destino final. É inarrável a emoção deste momento. Chegar, então, não há como conter a emoção!”, finaliza ele.