Grupo teatral cosmopolense Abrakortina causa mudanças positivas nas vidas dos integrantes

Fonte rica de cultura e entretenimento de alta qualidade, teatro é uma arte importantíssima

O teatro é uma forma de arte importantíssima, tanto para aqueles que fazem acontecer quanto para o público, fonte rica de cultura e entretenimento de alta qualidade. Cosmópolis abriga o grupo teatral Abrakortina, o qual conta com grandes talentos compondo o elenco. Acompanhe o depoimento de alguns dos participantes do grupo, que falam da importância do teatro em suas vidas.

Giovana Concheta
“Tenho 37 anos, nasci e cresci em Cosmópolis. Me envolvi com teatro inicialmente quando tinha 13 anos, pois era uma adolescente introvertida, tímida e que tinha dificuldades para socializar. Me inscrevi em um curso de teatro e, desde então, estou participando dessa arte e trazendo o teatro para minha vida. Estar no teatro e atuar me trouxe mais segurança, mais coragem, me desprendeu da timidez e me fez mais confiante para encarar as coisas dentro e fora dos palcos. Depois do teatro, também pude me envolver com outras formas de arte, nas quais o teatro ajudou na minha desenvoltura. Hoje, eu sou musicista e cantora também, além de fotógrafa.
Eu fui convidada a participar do grupo Abrakortina logo no início da formação. Eu estava um pouco distante do teatro há um bom tempo por causa da rotina e da falta de tempo. A cena do teatro em Cosmópolis esteve bem parada um longo período, e quando fui convidada, aceitei com todo amor do mundo, pois estava com muita saudade.
A arte modifica muito a vida das pessoas. Eu não sei que rumo minha vida teria tomado se não tivesse me envolvido com as artes. A arte agrega demais”.

Milena Souza
“Tenho 17 anos e meu primeiro contato com o teatro foi há alguns anos, quando participei de uma aula experimental. De início, achei muito legal, mas, depois, não tive mais nenhum contato. Eu sempre gostei muito de literatura, tanto livros quanto filmes, e foi depois de fazer um curso de literatura que comecei ter bastante curiosidade pelo teatro. Foi nesse mesmo período que tive a oportunidade de fazer parte do Abrakortina. De início, eu só iria dançar, como corpo de baile, mas, então, consegui um personagem, porém, não pude fazer o papel, pois machuquei minhas cordas vocais. Eu sempre fui uma pessoa muito tímida, mas, depois que eu entrei, passei a me sentir muito mais segura. O teatro me agregou muito nessas questões”.

Maicon Douglas
“Tenho 23 anos. Eu sempre gostei de assistir filmes de comédia, sempre tive vontade de fazer filme quando era criança e eu gosto muito de fazer meus amigos rirem. Quando me chamaram para participar de uma peça de comédia, tive que aceitar. A princípio, iria fazer apenas o corpo de baile, mas no fim de tudo, acabei participando como personagem e foi demais. Agora, pretendo continuar. Essa primeira experiência mudou muito a minha maneira de pensar e a maneira de olhar para qualquer outro tipo de arte”.
Julia Faci
“Tenho 11 anos, faço teatro, balé e jazz. Gosto muito de dançar e interpretar. Minha carreira como bailarina começou quando eu tinha 3 anos de idade, que foi quando comecei interpretar filmes, comecei dançar as músicas dos filmes e, então, minha mãe decidiu me colocar no balé. Ao longo dos anos no balé, participei de diversos festivais, interpretei vários personagens, mas, em um determinado momento, minha mãe percebeu que o balé não estava sendo suficiente para eu poder expressar toda essa arte que tinha, até que ela resolveu me colocar no teatro. Minha mãe faz teatro há bastante tempo, e é uma arte que gostamos muito, que quando você começa, não dá para voltar atrás”.

Juliana Balabenute
“Sou professora de dança, formada em Educação Física. Desde pequena, sempre gostei de dançar e me expressar, foi aí que entrei para as aulas de jazz. Em 1998, entrei para um grupo de dança. Depois, passei a atuar na parte de teatro de arena. Com o passar do tempo, também passei a fazer a parte de produção do teatro. Em 2002, comecei com meu trabalho de professora de dança em academias aqui da cidade, onde fiz um trabalho que colaborou com a liberdade das pessoas poderem dançar e se expressar livremente sem receios, o que me orgulha muito, inclusive, a dança é até mesmo receitada por médicos para tratar casos como os de ansiedade e depressão. Em 2006, me formei em Educação Física e ingressei nas escolas municipais como professora de Educação Física e também pude levar a arte para os meus alunos. Em 2018 e 2019, trabalhei no projeto de dança de uma escola. Realizei dois festivais de dança com eles, o que também foi uma experiência muito rica que mostrou como a cultura é transformadora e muito importante, tanto para a inclusão quanto para o crescimento de todos, pois, ela é uma construção feita por todos e os resultados são verdadeiras realizações. Em 2018, juntamente com outros membros, formamos o Abrakortina, que também é um orgulho enorme ter um grupo desse na cidade, descobrindo o potencial de cada um, envolvendo todos e sempre indo muito bem, realizando ensaios e desenvolvendo novos projetos”.

Michele Carolina
“Tenho 20 anos, faço parte do Abrakortina há um ano. De início, fui convidada a fazer parte do corpo de baile, mas, depois acabei fazendo personagem também. Eu sempre gostei de tudo que fosse voltado à arte, eu já cantava e dançava. Quando recebi a proposta de participar de uma peça teatral, já sabia que eu tinha que fazer e que iria gostar muito. Eu amei e estou amando toda a experiência de fazer parte desse grupo; é como ter mais uma família”.

Maruza Assis
“Tenho 44 anos, sou de São Paulo-SP, da Zona Leste, e estou em Cosmópolis há 4 anos. Lá em São Paulo, eu havia deixado de lado essa coisa de mexer com arte, era um sonho que estava guardado, até porque já tinha participado de alguns grupos de teatro amadores lá na cidade, feito algumas oficinas, só que a correria do meu dia a dia e a minha realidade acabou fazendo com que eu deixasse de lado.
Aqui no interior, como meu ritmo de vida estava diferente, as circunstâncias me fizeram ter a grata surpresa de conhecer a galera do Abrakortina através da oficina. Na própria oficina, tivemos a ideia de criar o grupo, já que tínhamos várias cabeças ali com diversos talentos. A partir dali, já pudemos não só criar o grupo, mas pensar em espetáculos, escrever algumas peças. Eu retomei essa atividade artística, que gosto muito, de escrever textos de ficção e adaptar histórias. Em breve, teremos novos projetos.
O Abrakortina está fazendo um arrastão e juntando pessoas talentosas de Cosmópolis para dar corpo a esse projeto que está transformando nossas vidas”.

Rociel Lima
“O teatro para mim tem vários significados, ele representa união, família, trabalho em equipe e liberdade. A empatia se destaca, porque a gente trabalha e tem a oportunidade de se colocar no lugar dos outros, viver experiências e vidas que não são nossas. Nisso podemos nos tornar pessoas melhores e levar essa experiência para outras pessoas. Eu acredito que todos esses senti mentos ajudam tornar o mundo um lugar melhor de se viver”.

Henrique Grasso
“O teatro, na minha vida, é muito importante. É onde eu consigo me sentir seguro e ser quem eu quiser ser. O teatro é liberdade, é arte, é movimento, é dança, é música, é tudo. Quando estou no teatro, me sinto conectado com diversas artes ao mesmo tempo; isso me deixa muito feliz e me satisfaz pessoalmente. É onde consigo estar em contato com outras pessoas que também estão conectadas junto a mim, seja fazendo o teatro ou assistindo. Essa conexão é muito importante de fato e é onde me sinto vivo, é onde posso ser quem eu quiser e não há limites. Para a arte não há limites”.