Para termos uma cidade bonita e acolhedora para os turistas, depende de todos, tanto do poder público como de toda a sociedade
Há três anos, José Tofolo Filho e Patrick Tofolo, seu filho, passaram a cuidar do canteiro em frente da sua casa, na Avenida Ângelo Rampazzo, no bairro San Giovani. Tiraram o mato alto, plantaram árvores frutíferas e, aos poucos, criaram um local de convívio. Construíram bancos de madeira, gaiolas de metal e de madeira para proteger as árvores e um balanço, onde hoje as crianças do bairro brincam.
Na mesma avenida, em frente à escola Maria Aparecida Strazzacappa, a moradora do bairro Maria Aparecida Fernandes viu no entulho jogado e no mato que estava tomando conta do canteiro, uma oportunidade de curar a sua alma da ansiedade causada pela pandemia.
Decidiu capinar o mato, tirar o lixo, trabalhando incansavelmente. Ganhou da Prefeitura e também de pessoas conhecidas, mudas de árvore. Ela plantou Ipês, Jabuticaba, Pinha, Cacau, Manga, Mamão, Romã, Moringa. Plantou também girassóis e outras flores, que atraem maritacas e tucanos.
Um vizinho, o Valdeci, que é borracheiro, doou pneus. Ela pintou bem colorido e plantou as mudas, trazendo mais vida ao canteiro.
Pedro Antonio da Silva, outro vizinho, passou a cuidar do canteiro mais à frente. Ele tem até maxixe plantado lá.
Juntos, Maria Aparecida, Pedro e José transformaram um local, que era desvalorizado e criadouro de animais peçonhentos, em um corredor totalmente arborizado, com flores, jardins, hortas.
São verdadeiros guardiões da cidade, pois, além de transformar totalmente o local, protegem, com unhas e dentes, seu trabalho, impedindo que as pessoas despejem entulhos, móveis velhos e até mesmo lixo.
Aos poucos, a cidade vai se embelezando nas mãos dessas pessoas dedicadas.Nós, do Turismo, acreditamos que gestos assim podem transformar a nossa cidade receptiva a visitantes. Por que não? Cuide do seu entorno, contagiando e fazendo uma corrente do bem, que pode realmente fazer a diferença.
Se não quiser ou não puder cuidar, apelamos para que não deprecie. Ouvimos diversos relatos desses voluntários sobre pessoas que roubam coisas, jogam entulhos, arrancam plantas, destruindo o que, muitas vezes, é fruto de trabalho duro.
Apelidamos carinhosamente esse local de Corredor Ecológico, por ter sido um local totalmente resgatado. Será que o nome pega?
E lembrando, para termos uma cidade bonita e acolhedora para os turistas, depende de todos, tanto do poder público como de toda a sociedade. Com essa matéria, nos despedimos dessa modesta campanha realizada, incentivando tornar o mundo à sua volta, melhor. Contamos com vocês!
Texto: Letícia Atmann Frungilo
Secretaria de Cultura e Turismo de Cosmópolis
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