Ações como essa merecem destaque, são contagiantes e proporcionam muitas reflexões
Para uma cidade turística, é muito importante que as praças, as calçadas e ruas estejam bem cuidadas e organizadas. Locais bonitos fazem bem tanto aos cidadãos quanto aos visitantes da cidade. Quando temos a oportunidade de viajar ou passear, logo nos encantamos quando encontramos praças bonitas, com flores, bancos, áreas de lazer e convívio com os amigos e família.
Então, por que não termos uma cidade bonita, com locais agradáveis? Em primeiro lugar, é preciso parar para refletir no que podemos fazer para tornar as coisas melhores. Muitas vezes, vemos praças recém construídas ou reformadas depredadas, com bancos quebrados, flores arrancadas, lixo no chão.
Porém, assim como infelizmente vemos pessoas que fazem questão de destruir o bem comum, também existem as que fazem além do que lhe é devido, fazendo a diferença; como é o caso dos primos Ivana Bertazzo e Juarez Bertazzo.
Ambos cuidam, com muito amor, da Praça das Nações, onde fica a pista de caminhada, acompanhando a Avenida Raul Veronezi.Onde antes havia mato alto e uma praça descuidada, hoje, podemos ver um lugar muito bonito e preservado que enche nossos olhos!
Tudo começou quando a Ivana decidiu arrumar a frente de seu hotel, construindo uma área de lazer com mesa e cadeiras de concreto, redário, balanço e brinquedos construídos com pneus doados; mudando totalmente a paisagem, tornando o local mais agradável.
Ivana conta que o início foi muito difícil, iniciando com a limpeza, as pessoas não respeitavam e nem levavam a sério aquele trabalho. Logo, o Juarez decidiu limpar a parte em frente à sua casa. Juarez conta que, após a limpeza, colocaram bancos e fizeram um campinho de malha. Porém, ele não gerou muito entusiasmo e as pessoas começaram a pedir um campo de bocha. A vizinhança se uniu concretando e comprando uma manta de asfalto para montar o campo, que atualmente é muito frequentado, principalmente, aos fins de semana.
Na região do Juarez, os vizinhos foram contagiados pelo seu empenho e participaram também do processo. Ele conta que o Amarildo Barbieri, morador da cidade que mora longe dali, contribuiu com o Gira-gira, com a lixeira, comedouro de passarinhos e que todos os dias traz quirela para os pássaros, que frequentam o local em massa. O jardim foi feito pela Fran e a casinha de garrafas pet foi contribuição da Val.
Muitos plantaram mudas de árvores frutíferas; com pés de Pitanga, Acerola, Seriguela e até um pé de Ameixa do Natal, que é de origem africana. No espaço da Ivana, têm plantados pés de maracujá, de Amora e Jambo.
Em frente ao Hotel Vitória, Ivana comenta que o lugar é muito utilizado para fazer exercícios, as pessoas usam para alongamento, para treinos de circuito. O local também é frequentado por famílias, que almoçam ou fazem piquenique.
Ações como essa merecem destaque, são contagiantes e proporcionam muitas reflexões. Juarez diz que pensa nas gerações futuras. Comenta que as pessoas devem olhar para aquele trabalho e pensar em manter, não destruir, pois, futuramente, seus filhos podem usufruir.
Ivana deu seu depoimento. “O prazer que você tem de fazer algo para o próximo é algo que é tão significante perto das dificuldades que te impediriam de fazer. Você faz o bem e vê os frutos; é algo que não tem preço, é algo que você falaria assim: eu faria tudo de novo. Então, você olha o bem, você vê as coisas de uma forma, porque, para tudo, você tem dificuldade, mas se você pode fazer alguma coisa para que o outro se beneficie do seu trabalho, por que não?”
Isso nos anima a enxergar um mundo melhor, onde cada um faz a sua parte; isso se chama cidadania. Se todos nós fizéssemos bem ao nosso pequeno mundo ao redor, logo teríamos um mundo muito melhor em todos os sentidos.
Texto: Letícia Atmann Frungilo
Secretaria de Cultura e Turismo de Cosmópolis
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