Há 60 anos casados, Emílio e Esther falam qual é o segredo para ser tornarem eternos namorados

O dia dos namorados é comemorado no Brasil no dia 12 de junho, domingo. Entre muitos presentes e declarações entre os casais mais românticos, também existe quem valoriza os mais simples gestos como forma de amor e respeito. É o que revela o casal que há 60 anos está casado e vive muito bem.

Emilio Hammar, de 85 anos de idade, e Esther Ferreira Melo Hammar, de 78 anos, comemoraram bodas de diamante, 60 anos de matrimônio, no último mês e revelam, divertidos, que não se desgrudam um do outro e que, além de marido e mulher, são eternos namorados.

Pais de quatro filhos, sendo eles Ana Maria, Sonia Elizabete, Suzete Dolores e Junior, relatam que a família é o bem mais precioso que poderiam conquistar e que, graças a Deus, não os falta mais nada, além de desfrutarem do amor que sentem um pelo outro por toda a trajetória de vida unidos.

Dona Esther, muito humorada e amorosa, relembra o início da história. “Namoramos apenas três meses e, nesses três meses, as visitas eram raras. Então, foi o seguinte: ele era daqui de Cosmópolis e eu da cidade de Paulínia. Aí, algumas pessoas de Cosmópolis estavam realizando cultos ao ar livre lá em minha cidade. Foi quando minha irmã de criação chegou em casa e falou para meu pai que tinha algumas pessoas cantando hinos muito bonitos e perguntou para ele se poderia convidá-las para irem até nossa casa. Meu pai autorizou e, glória a Deus por isso (risos), esse grupo passou a ir em casa”.

Muito divertida, dona Esther continuou. “No mês de outubro, eles foram lá em casa, mas, o Emílio ainda não estava presente. Quando foi em dezembro do mesmo ano, de 1955, ele foi junto e nós nos vimos pela primeira vez, porém, até aí, não mudou nada. Em janeiro, ele tornou ir para lá e nós conversamos pela primeira vez. Já no mês de fevereiro, ele falou com meu pai e me pediu em casamento. Em maio, nos casamos e, graças a Deus, aqui estamos até hoje. Sempre me lembro que a família dele já era Evangélica, e eu não, minha irmã quem convidou, mas, acredito que tudo foi pela vontade de Deus e orgulhosamente estamos”.

Questionados sobre as dificuldades do casamento, eles afirmaram juntos: “Foram muitas dificuldades em todos esses anos. Graças a Deus, superamos todas com muito amor, até porque são dificuldades que a maioria dos casais passa, financeiras, inclusive. No nosso casamento, crise, raiva um do outro, nunca tivemos mesmo. Sempre tivemos muita cumplicidade um para com o outro.

Nós sempre nos apoiamos e vale lembrar que, em nossa época, não tinha essa de deixar filhos com os pais, criamos filhos, educamos, trabalhamos muito, conquistamos nossas coisas. Me lembro que, onde atualmente é o Hotel Pousa Lá, era a tecelagem do Trevenzolli e eu trabalhava muito lá. Meu marido, coitadinho, trabalhava na Prefeitura durante a noite e, durante o dia, colhia laranja, ajudava como servente de pedreiro; o que aparecia, ele fazia para nos manter… Briga e dificuldade entre o casal nunca tivemos mesmo”.

Dona Esther relata que talvez falte cumplicidade e entendimento para os casais atuais. “O lado bom é que ele me entende bem e eu a ele, sempre foi assim. Tudo nós fazemos juntos, café da manhã, almoço, janta, tudo é junto, chá da noite… Nós realmente não nos largamos.

Acredito que, hoje em dia, não há casamento duradouro porque está faltando entendimento, os casais desistem muito fácil. Eu mesma casei para namorar e não namorei para casar. Lembro, ainda, que nós nos casamos no sábado.

Na segunda-feira, ele me deu um beijo e, meu Deus do céu, … eu fiquei morrendo de vergonha, nem sabia como olhar para ele depois. Fiquei tempo sem nem saber olhar para ele. Fiquei encolhidinha no canto. Mas, com amor e paciência, tudo foi dando certo na nossa vida…”, finalizou dona Esther, muito emocionada.

Mensagem para os casais
“O casal, quando se une, precisa se apegar com Deus, ter muita compreensão um com o outro e entendimento para se por no lugar um do outro – isso é fundamental. Além disso, o amor e o respeito não se fazem somente no dia dos namorados, mas, todos os dias. ‘Até aqui nos ajudou o Senhor’”.