O Hemocentro da Unicamp lançou na terça-feira (1) a edição 2021 da campanha Junho Vermelho, que tem o objetivo de incentivar a doação de sangue. Com o tema “Movimente-se: Sangue Salva”, a unidade vai aproveitar o ano olímpico para incentivar também a vida saudável e a prática de exercícios físicos. Por isso, o padrinho deste ano é o maratonista Vanderlei Cordeiro, bicampeão dos Jogos Pan-Americanos de 1999 e 2003 e medalha de bronze dos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004. Além do incentivo às doações de sangue, ao longo de todo mês de junho o Hemocentro também realiza a Primeira Corrida e Caminhada Virtual. Mais de 400 inscritos vão participar registrando seus percursos de 3km e 5km, sempre respeitando as medidas sanitárias e sem promover aglomerações.
No primeiro dia, a campanha contou com uma maratona de doações até às 19h30. Também haverá um show de luzes projetadas na fachada do Hemocentro a partir das 18h30. No dia 14 de junho, em que é celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue, houve uma doação festiva em homenagem a quem passar pela unidade e contribuir. A campanha termina no dia 30 de junho com uma coleta especial realizada na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx).
A campanha Junho Vermelho teve início em 2015 no Brasil. O mês foi escolhido para comemorar o Dia Mundial do Doador de Sangue e também para incentivar as doações durante os meses mais frios do ano, época em que hemocentros registram níveis mais baixos de sangue em estoque. De acordo com Vagner de Castro, diretor do Serviço de Coleta do Hemocentro, foi possível perceber ao longo de 2020 e neste primeiro semestre de 2021 os efeitos da pandemia da covid-19 na diminuição no número de doações. “Geralmente quando temos uma queda mais intensa nas doações, lançamos mão de informações pelas redes sociais, pela imprensa, e essas ações sempre trouxeram retorno. Nesse momento de pandemia, elas não estão trazendo tanto resultado. Isso nos deixa preocupados”, explica o médico.
Vagner também reforça que o Hemocentro é um ambiente controlado e que são tomados todos os cuidados para que não haja risco de contaminação pelo coronavírus. Por isso, as doações de sangue podem prosseguir sem que as pessoas fiquem preocupadas. “Ficamos sempre pensando em como informar as pessoas de uma forma adequada, porque não faz sentido as pessoas saírem para reuniões familiares, para bares e restaurantes, mas terem medo de fazer uma doação de sangue, que é algo necessário para atender à população”, enfatiza.
Além das orientações básicas para a doação de sangue, o Hemocentro também informa que pessoas que tiveram covid-19 devem aguardar pelo menos um mês de recuperação completa e ausência total de sintomas para doarem sangue. Quem teve a doença também pode contribuir com a doação do plasma sanguíneo convalescente. Nesses casos, os anticorpos presentes no plasma podem auxiliar no tratamento de pacientes contaminados pelo coronavírus. Para fazer a doação de plasma, basta agendar uma doação de sangue comum e informar essa possibilidade. As coletas são encaminhadas ao Instituto Butantan, que coordena a rede de distribuição de plasma para o tratamento da covid-19.