Hipocondria: a “mania de doença” tem nome

Você conhece alguém que costuma achar doenças em si mesmo? Esta pessoa pode ser hipocondríaca. “Pessoas que se preocupam excessivamente com suas funções corporais, como batimentos cardíacos acelerados, ínguas, dores corriqueiras, entre outros, são consideradas hipocondríacas por especialistas, pois, apresentam um grande temor de estarem gravemente doentes e pensam que irão morrer rapidamente se não tratadas”, explica a psicóloga Sabrina Baptista Neves.
“Inconformadas com médicos e exames que indicam a inexistência de qualquer problema de saúde, muitas dessas pessoas saem dali direto para a avaliação de outro profissional ou fazem pesquisas online na expectativa de encontrar o diagnóstico sobre o mal que supostamente as acomete. A frustração e a ansiedade resultam na automedicação, vista como fator mais agravante”, alerta Sabrina.

Sintomas:

Sabrina Baptista Neves
Psicóloga Clínica
CRP 06/130899
FisioArte Cosmópolis
Rua São Paulo, 304 – Jardim de Fáveri
Contato: 3872 7879 |
97141 0629

• Ter um medo intenso ou ansiedade prolongados de ter uma doença grave;
• Preocupar-se que os menores sintomas e sensações físicas podem
significar uma doença grave;
• Procurar médicos repetidamente ou fazer exames complexos com
frequência, como ressonâncias magnéticas e ecocardiogramas;
• Trocar de médico constantemente, sempre buscando uma segunda opinião
que indique uma condição grave;
• Falar diversas vezes sobre seus sintomas ou das doenças de que
suspeita ter;
• Checar frequentemente o corpo em busca de problemas;
• Checar frequentemente os sinais vitais, como pulsação ou pressão
arterial;
• Pensar ter uma doença só de ler ou ouvir sobre ela.
“A preocupação em adoecer causa sofrimento e desgaste emocional pelo fato do sujeito ficar a todo momento analisando o próprio corpo; traz prejuízo no convívio social, pois, os amigos se afastarão por causa das queixas repetitivas e também há complicações no ambiente de trabalho, ocasionando até a demissão do funcionário devido às frequentes faltas por consultas médicas”, esclarece.
Sabrina afirma que não há uma idade precisa para classificar alguém como hipocondríaco, “considerando que jovens de 18 a 29 anos são mais raros devido a intensidade em que vivem, a procura de novas experiências que liberem adrenalina, por gostarem de situações de risco, não se atentam muito para a mortalidade”, explica.
“Hipocondríacos enfrentam eventos ansiosos (não delirantes). Portanto, a hipocondria deve ser considerada como um estado psíquico que necessita
de um acompanhamento psiquiátrico e psicológico especializado para patológico.
Essas pessoas necessitam de apoio familiar, pois, elas não estão querendo “chamar atenção”, trata-se de um pensamento distorcido, disfuncional que
foi construído e tornou-se uma crença. As crenças são formadas por eventos da vida e determinam ideias, comportamentos, emoções que precisam ser analisados e compreendidos para o crescimento pessoal do indivíduo como um todo”, alerta.
Tratamento
“Segundo estudos, a terapia mais eficaz nestes casos é a terapia cognitiva-comportamental. O tratamento desta perturbação crônica se dá com a modificação dos pensamentos e crenças, tornando-os mais adaptativos. É um processo longo, mas eficiente, no controle dos efeitos sintomáticos”, conclui a psicóloga.
É de extrema importância a consulta com um especialista para o diagnóstico da hipocondria.