Segundo a esposa, a vítima nunca havia estado em Cosmópolis. Rapaz era casado e tinha um filho de quatro anos
Inquérito Policial (IP), que apura a autoria da morte de um rapaz, na noite de segunda-feira (20), continua na Delegacia local.
Eduardo Santos Rapini foi encontrado, caído, em uma estrada de terra, que fica atrás do campo de futebol do ‘30 de Novembro’, no bairro Cidade Alta.
O local, onde o homem foi morto, é uma estrada de terra ao lado da Rodovia SP 133, que liga Cosmópolis à Rodovia Anhanguera.
Ao chegarem ao local, os Policiais Militares (PM) foram informados sobre a vítima, que estava caída, de barriga para cima, atingida pelos golpes de faca.
Uma ambulância, do Resgate Municipal, chegou a ser acionada, porém, a vítima já estava em óbito.
O local foi isolado até a chegada dos Peritos, da Polícia Científica, de Americana.
Fotos do local foram feitas e auxiliarão no trabalho de elaboração do laudo pericial.
A princípio, o homem foi atingido por cerca de três facadas, na região do pescoço. Agentes, do Setor de Investigações Gerais (SIG) da Delegacia local, também estiveram no local.
Algumas testemunhas foram ouvidas, de forma preliminar. Algumas delas relataram ter ouvido alguns gritos e foram até o local. Ao chegarem, viram o rapaz caído e acionaram a Polícia Militar e a Ambulância.
O corpo da vítima foi recolhido e levado para o Instituto Médico Legal (IML), de Americana.
Reconhecimento do corpo
Na noite do crime, o celular da vítima estava ligado e auxiliou no trabalho de contato com a família da vítima.
No telefone, da Marca Samsung, havia apenas um contato na agenda. Nele, nenhum nome estava, apenas a inscrição ‘esposa’. O celular não continha nenhuma foto, nenhum contato telefônico, assim como nenhum registro de chamada realizada ou recebida. O contato de ‘esposa’ era de um número, com o código de área 13, indicando que o telefone seria da Baixada Santista.
Os investigadores entraram em contato e a ligação foi atendida por uma mulher, na cidade de São Vicente. A mulher foi informada sobre a localização do aparelho celular e questionada sobre quem poderia ser o dono.
Ela informou que o aparelho seria do marido. Os investigadores questionaram sobre o rapaz e passaram, via telefone, as características de algumas tatuagens. A vítima tinha a tatuagem de uma Clave de Sol, um símbolo musical. Além dessa, uma outra tatuagem, de uma carpa, foi descrita para a mulher.
Diante dessas informações, a mulher, arrumadeira, 36 anos, reconheceu de forma preliminar, se tratar do marido. No dia seguinte, na terça-feira, a mulher veio até Cosmópolis, onde foi orientada sobre o reconhecimento do corpo.
Ela se dirigiu, juntamente com outros familiares, até o Instituto Médico Legal (IML), de Americana, e realizou o reconhecimento do corpo. Após, ela se dirigiu novamente até a Delegacia local, onde prestou depoimento.
Segundo ela, eles eram casados apenas no religioso, há aproximadamente oito anos. Ela e a vítima tinham um filho. Ela também informou que tinham um bom relacionamento conjugal e que não acredita que o marido pudesse ter algum relacionamento extraconjugal.
A esposa também informou que ele sempre chegava em casa por volta das 21h. Apesar de ser encanador, Eduardo estava trabalhando, há aproximadamente seis meses, como motoboy.
A vítima conheceu a esposa após sair da cidade de Carapicuíba, na Grande São Paulo e ir para São Vicente, morar com a tia.
Apesar do relacionamento de oito anos, Eduardo não falava sobre o passado, nem mesmo quais motivos o fizeram mudar de cidade e não falar sobre isso.
Eduardo saiu de casa na manhã de segunda-feira (20) para trabalhar. Ele utilizava uma moto, Honda CG, 150 KS, Cinza.
A chave da moto foi encontrada pelos peritos em um dos bolsos da roupa da vítima. Até o fechamento da matéria, a moto não havia sido localizada.
A esposa do rapaz contou que achou estranho o marido não retornar para casa no horário e ligou para ele. Porém, o telefone não tocava, indo direto para a caixa de mensagens.
Por telefone, a esposa da vítima contou que o corpo dele foi enterrado na tarde de quarta-feira (22), por volta das 13h. Como toda a família e Eduardo são de São Paulo, o corpo do rapaz foi enterrado em Osasco.