Aos 93 anos, Alderigi Malavazzi encontrou, no artesanato, a saída para sua tristeza, montar casas de palitos. Sejam eles de dente, de churrasco ou de sorvete, todos compõem as pequenas casas do senhor Malavazzi.
Pintados com tinta aquarela e colados com cola fria, nas mãos do aposentado eles ser tornaram pequenas maquetes.

A ideia de fazer artesanato foi da filha de Malavazzi
A ideia foi de sua filha Aparecida Malavazzi Maralchi, que acolhe seu pai em casa desde o diagnóstico da doença na próstata.
Ela conta que, no começo, ele ficava longos períodos deitado, o que não era comum em sua vida cotidiana antes da doença; com isso, se sentia deprimido. A filha lembra que, quando ele morava em Sumaré, tinha uma vida ativa, cuidava de um rancho e da casa, mas, após o diagnóstico, suas atividades passaram a ser limitadas. Aparecida garante que a ideia foi boa e serviu como terapia para o idoso.
A primeira casa de palito foi projetada na mente, sem molde. Nessas condições, Malavazzi fazia cerca de uma casa por dia, “mas era difícil para ele segurar os palitos e fazer a colagem”, conta Aparecida.
Pensando na dificuldade de seu pai, Aparecida construiu um molde a ser seguido. Com ele, o ritmo aumentou e o idoso passou a fazer 2 casas por dia.
Faz um mês que Malavazzi começou a fazê-las. Ele já presenteou o filho, filha, amiga e mais três pessoas.
Entretanto, para produzi-las, o senhor tem um gasto, que é dividido com remédios e demais custos do seu tratamento.
Com a vontade de continuar seu artesanato, o idoso começou a vendê-las por um valor de R$ 10.
Atualmente, Malavazzi tem quatro encomendas, inclusive, de um de seus médicos, e para produzi-las tem ajuda de sua filha, que pinta alguns palitos e, com isso, também faz companhia ao pai.