Templo foi inaugurado em 25 de janeiro de 1979
Logo que entramos na estrada de acesso à Usina Ester, à esquerda, nossos olhos são atraídos para a icônica igreja, construída no ponto mais alto da propriedade da usina. Ela foi inaugurada em 25 de janeiro de 1979, para atender aos seus colonos.
Além disso, a edificação, através de seu padroeiro, é uma homenagem da comunidade ao centenário de nascimento do Dr. Paulo de Almeida Nogueira e em memória do falecimento do Dr. Paulo de Almeida Nogueira Filho, filho do Dr. Paulo com Esther Nogueira, que deu nome à Usina Ester.
Parada de ciclistas, de praticantes de trekking, caminhadas ou de pessoas que procuram a Usina a fim de apreciar suas belezas naturais, a igreja é parada praticamente obrigatória para tirar fotos, apreciar a vista e sentir a natureza de perto.
A igreja é considerada uma das mais belas da região, por possuir construção de vanguarda para a época, assim como seu campanário, em forma de cálice. Possui também belíssimos vitrais, um azulejo com a pintura do padroeiro e uma vasta escadaria, usada para penitência e que simboliza a elevação espiritual.
Nos dias de hoje, as colônias não existem mais. Porém, a comunidade de São Paulo Apóstolo é ativa e o que move seus membros é o sentimento de celebrar e manter a história do local.
O casal Edinalva e Raimundo Contiguiba de Souza são exemplos desse amor. São voluntários e tratam a igreja com o carinho que cuidam da própria casa. Frequentam a comunidade desde 1990, quando foram morar na colônia e, mesmo mudando de lá, permanecem incansáveis, zelando pelo local.
Edinalva conta que mantém a limpeza e a manutenção do local e que sempre está verificando possíveis reparos. Antigamente, a igreja era forrada por um tablado de madeira maciça e devido aos cupins, infelizmente foi necessário revestir as paredes.
As cerimônias ocorrem todas as terças-feiras, às 20h. Nas primeiras e terceiras semanas, são celebrações e nas segundas e quartas semanas, são celebradas as missas. Agora, por conta da pandemia, está sendo realizada apenas uma missa, uma vez por mês.
Essa comunidade tão especial é parte da Paróquia de Santa Gertrudes. Conversamos com o Padre Diego, pároco da Santa Gertrudes. Ele nos contou um pouco de sua história. Nasceu em Posadas, província de Misiones, na Argentina. Ele é o caçula de uma família de cinco irmãos, três homens e duas mulheres.
Por sua mãe ser muito participativa na igreja, assim como sua irmã mais velha, ele passou a ser também membro ativo, participava do grupo de jovens, depois de um grupo missionário e, através desse grupo, conheceu a Congregação Religiosa.
Com dezoito anos, veio ao Brasil, morando em Ribeirão Preto, para fazer a sua formação religiosa. Em Nova Odessa, foi ordenado padre, onde ficou por sete anos. Em busca de novas experiências, pediu para entrar na Diocese de Limeira e ficou um ano em Americana até que a própria Diocese pediu para ele assumir a Paróquia Santa Gertrudes, em fevereiro de 2019.
“Fui muito bem acolhido, a paróquia aguardava ansiosamente a minha chegada. Fui recebido com muito carinho e a recepção da comunidade foi muito boa”, conta.
Quanto à Igreja São Paulo, ele diz que ela é peculiar, pois a colônia da Usina não existe mais, mas a comunidade permanece ativa pelo valor afetivo. Ele diz que é muito agradável poder celebrar a Eucaristia, a vida e a história em cada missa e que é muito importante continuar o trabalho para manter essa chama acesa.
Agradecemos a receptividade e disponibilidade de todas as pessoas que participaram dessa matéria. Deixamos, em especial, também as nossas congratulações à Usina Ester, que completou 123 anos de fundação no dia 02 de março.
A Igreja fica na Rodovia SP 332, km 143 – Conjunto Industrial Usina Ester
Texto produzido pela Secretaria de Cultura e Turismo de Cosmópolis
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