Muitos pensam no excesso de açúcares em carboidratos como algo que pode levar ao ganho de peso, mas, os açúcares de cozinha e de alimentos, como batatas fritas, do pão torrado, pastel ou da lasanha, são os maiores geradores de espécies reativas de oxigênio (EROS).
“Estes promovem estresse oxidativo (muitos radicais livres), aumentando os mediadores inflamatórios e o resultado é risco de diabetes, doenças cardiovasculares, celulite, envelhecimento precoce, etc.”, explica a nutricionista Daniela Menardo.
Segundo a especialista, os EROS fixam-se às fibras de colágeno e elastina, que formam a estrutura da pele. “Essas fibras se enrijecem e são danificadas. A pele perde a elasticidade e as rugas se instalam”, esclarece.
Para que estes efeitos sejam minimizados, Daniela afirma que boas escolhas alimentares são fundamentais, partindo do controle do índice e carga glicêmica das refeições. “A diminuição no consumo de açúcar é um bom começo. Além disso, estratégias como o uso de fitoquímicos podem ser benéficas, como quercetina, miricetina, kempferol encontrados em vegetais verde escuro, frutas adstringentes, oleaginosas, gengibre, canela e erva cidreira”.
Entretanto, deve haver balanceamento dos alimentos consumidos, já que consumir doces em excessos e, após isso, ingerir uma xícara de chá, não surte efeitos. A dieta deverá conter ajustes para que não haja produção excessiva de radicais livres e, para isso, o ideal é sempre procurar um profissional nutricionista.
Adoçantes artificiais
Outra grande preocupação são os adoçantes, principalmente, quando o uso visa uma alimentação mais saudável. “Tenham cuidado, pois, o uso indiscriminado de adoçantes artificiais é muito preocupante, afinal, quanto mais doce, pior. Os receptores para esse sabor doce estão presentes na língua e no intestino e, quanto mais doce, maior a ativação desses receptores, assim como a absorção de açúcar, ou seja, os adoçantes podem ser um facilitador de absorção de carboidrato. Se muito açúcar for absorvido, maior a liberação de insulina, aumentando a conversão do açúcar em triglicerídeos no tecido adiposo, resultando em gordura”.
O ideal, para Daniela Menardo, é não adoçar artificialmente nada que for consumido, mas, no caso de pessoas com dificuldade de abrir mão do sabor doce, açúcares de índice glicêmico menor, como o xilitol, ou o açúcar de coco são boas opções. “Em bolos, sugiro o mascavo ou demerara, porém, cuidado com a quantidade”, conclui.