Insônia: acompanhe as dicas para ter uma boa noite de sono

Você sabe para que serve o sono? O sono serve para restaurar as energias gastas quando estamos acordados, ou também chamado de estado de vigília. Outras hipóteses afirmam que o sono também serve para restaurar o sistema imunitário e a capacidade mental.
A privação de sono durante alguns dias, geralmente, provoca o fenômeno do rebote, isto é, ocorre um aumento da quantidade de sono depois que se recomeça a dormir. De acordo com a psicóloga Maristela Lopes Ramos, “o sono vai normalizando aos poucos, mas, a quantidade de sono ‘perdido’ não é reposta durante o rebote e a privação durante muitos dias pode ser fatal”.

Distúrbios do sono
Os distúrbios de sono podem ter várias causas, sendo muitas delas secundárias, como a insônia, provocada por dor, depressão, ansiedade ou mudanças abruptas de fuso horário.
Segundo a psicóloga Maristela, as causas primárias são provenientes de alterações neurológicas dos mecanismos do sono e a distinção faz com que a pessoa fique em uma clínica para que um registro polissonográfico possa ser feito no período de sono. “Dentre os distúrbios primários, os mais comuns são as insônias que dificultam o início ou a manutenção do sono”.
Algumas pesquisas indicam que aproximadamente 15% da população sofrem de insônia primária. “Existem, ainda, mas são raras, as hipersônias, que causam sonolência exagerada e crises de sono durante a vigília, e as parossônias, consideradas distúrbios do acordar”.
A insônia é um sintoma e pode ser definida como insuficiência de sono, ou seja, é algo que causa desconforto a alguém. “Se ela dorme pouco sem se sentir desconfortável não tem insônia”.
As principais causas primárias de insônia são a apneia obstrutiva do sono, em que o indivíduo se queixa de sonolência e cansaço durante o dia, mas não apresenta alterações ou dificuldades na hora de dormir ou acordar. “Durante a apneia, a respiração cessa de repente, o indivíduo sufoca e desperta para restabelecer a respiração. Na verdade, nem se dá conta de que se desperta e o problema se repete logo depois”, esclarece.
Os adultos requerem oito a nove horas de sono por noite para não sentirem sonolência diurna e, mesmo sabendo dessa informação, privam-se de um sono adequado, como explica Maristela. “Perder uma hora de sono todas as noites, durante uma semana, equivale a permanecer acordado uma noite inteira”.
O sinal mais comum de privação de sono é a incapacidade de passar o dia sem ter uma perda temporária de energia e atenção. “As pessoas atribuem este estado a alguma refeição pesada, a uma pequena dose de álcool, ou as condições ambientais, como assistir uma aula tediosa”, explica.
Mas, esses fatores não causam sonolência, e sim, revelam a presença do “sono atrasado”. “Com o sono adequado, a pessoa fica alerta o dia todo, mesmo quando se envolve em atividades sedentárias e pouco estimulantes”.

Boa noite de sono

Maristela Lopes Ramos
Psicóloga
CRP: 06/136159
R. Santo Rizzo, 643
Cel: (19) 98171-8591

A psicóloga Maristela deixa algumas dicas para ter uma boa noite de sono:
– Fixar um horário regular para ir para a cama e para se levantar. Ajustar o despertador todos os dias em uma hora específica e levante-se, independente do quão pouco tenha dormido. Em relação à sesta, sesteie todos os dias ou nunca, quando você o faz só de vez em quando, à noite não dormirá bem. Acordar tarde nos fins de semana também pode prejudicar os ciclos do sono.- Uma dose de álcool pode até fazer dormir, mas, perturba o ciclo de sono e pode fazer com que se acorde mais cedo no dia seguinte. Além disso, evitar bebidas que contenham cafeína antes de dormir, pois, esta funciona como estimulante, mesmo nas pessoas que dizem não serem afetadas por ela, e o corpo precisa de quatro a cinco horas para diminuir pela metade a quantidade de cafeína na circulação. Se for beber algo antes de dormir, que seja um leite morno, em que existem indícios científicos que este possa induzir ao sono.
– Não fazer refeições pesadas antes de se deitar. Faça um lanche leve, pois, o aparelho digestivo terá muitas horas de trabalho pela frente.
– Exercícios físicos regulares ajudam a dormir melhor, mas, não exercícios extenuantes antes de ir para a cama.
– Cautela no uso de soníferos, pois, todos os tipos tendem a perturbar o ciclo de sono e, em longo prazo, inevitavelmente causarão insônia. Evitar, mesmo nas noites que precedem exames, pois, uma má noite de sono não afetará o desempenho tanto quanto a ressaca dessas pílulas.
– Evitar pensamentos estressantes e fazer coisas que ajudem a relaxar, como tomar um banho quente ou ouvir uma música suave. Regular a temperatura do quarto e mantê-la durante toda a noite também pode ajudar.
– Quando tudo falhar e estiver deitado, com dificuldade para dormir, não se levante, insista tentando relaxar. Se a tensão for muito grande, saia da cama por alguns minutos e tente fazer algo tranquilo que diminua a ansiedade, cada um saberá subjetivamente algo para tentar, que lhe traga essa tranquilidade.
Para Maristela, a insônia pode estar relacionada a uma preocupação exagerada com o amanhã. “O congestionamento dessas ideias ativa a ansiedade, aumentando o fluxo sanguíneo no cérebro, nos fazendo perder o sono”.
Atualmente, existem algumas dicas da área de psicologia que indicam exercícios respiratórios para amenizar a ansiedade, que podem ajudar antes de dormir.
Maristela finaliza dizendo que “caso a pessoa não consiga se concentrar no relaxamento; buscar por uma terapia pode ajudar a descobrir ‘motivos emocionais’ que possam estar trazendo à tona essa insônia”.