Ao contrário do verão, quando os pés ficam à mostra e respiram à vontade, o inverno é o período em que eles ficam reclusos. A consequência é um aumento do número de problemas ligados à saúde dos pés, como fungos e outros germes. Entre as mulheres, um agravante – além do clima úmido, é o sapato social, geralmente fechado ou de salto, que submete os pés a situações pouco confortáveis, levando a problemas também. Outro fator é a falta de atenção aos pés durante o período, já que, esteticamente, eles não serão expostos.
Alguns cuidados devem ser tomados com alguns problemas mais frequentes para os pés neste inverno.
Micose de unha
É uma doença na unha provocada por fungo, também conhecida como micose ou tinha da unha. É contagiosa. A doença se manifesta alterando a cor e a forma da unha. Às vezes, chega à destruição total da mesma. É uma doença que não provoca dor, o que faz com que as pessoas demorem a procurar tratamento. Costuma parecer tanto nas unhas dos pés quanto das mãos. Quando se manifesta nas unhas dos pés, o tratamento torna-se difícil devido ao uso de calçados fechados.
Tratamento – Deve ser em parceria médico-podólogo. O médico dermatologista faz o diagnóstico através de exames laboratoriais, prescrevendo o medicamento correto para o tipo de fungo. Já o podólogo entra com a limpeza mecânica, o que facilita a penetração do medicamento, acelerando o tratamento.
Bolhas e calos
Bolhas – Existem vários motivos que, isolados ou combinados, proporcionam o aparecimento de bolhas. Os mais comuns são: suor, que amolece a pele e a deixa mais sensível ao atrito; desajuste das meias, causando uma fricção irregular entre meia e pele; tomar banho quente antes de caminhar; utilização de calçados inadequados e não impermeáveis, costuras ou protuberâncias internas do calçdo.
Evite furar as bolhas, pois, isto aumenta a possibilidade de infecção. Não mexa na bolha por 24 horas, para permitir que ela cure por si só. Ela secará e a pele se desprenderá em uma ou duas semanas. Enquanto isso, proteja a área colocando um anteparo, com uma abertura no centro, sobre a bolha.
Calos
Na formação dos calos, há sempre causa ou causas, porém, as principais são calçados (apertados, bico fino, curto, salto alto e deformado). Os calos podem ter ou não núcleo, que evoluem dependendo da pressão exercida sobre eles. Mesmo quando desbastados (retirada das camadas de queratina com técnica adequada), os calos e calosidades podem voltar, caso o atrito (pressão) continue. O atrito ocorre devido ao uso de sapatos e meias inadequadas, problemas ortopédicos, postura, etc.
Unha encravada
As causas podem ser o uso de sapatos apertados nas pontas, o corte incorreto das unhas, micoses maltratadas, traumas provocados por sapatos e problemas anatômicos dos pés. É importante que a pessoa não mexa na unha. Ficar cutucando o local só piora. O tratamento consiste na retirada da espícula, ou seja, da parte da unha que está encravada, lesando a prega periungueal (região localizada nas laterais da unha), exigindo a técnica de um podólogo para fazer esse procedimento correto, para não piorar a lesão.
Órtese corrige deformações e encravamento
As órteses – aparelhinhos metálicos, acrílicos ou de fibra de memória molecular – têm sido indicadas para casos de unhas deformadas, encravadas ou com tendência a encravar. Elas atuam como uma alavanca que força a unha em sentido contrário, corrigindo a curvatura.
Como todo o corpo, os pés merecem cuidados e não devem ser menosprezados.