A partir do relato da multiplicação dos pães, o Evangelista João faz longa reflexão teológica sobre o “alimento da vida”.
Os adversários de Jesus não se conformavam com a afirmação Dele: “Eu sou o Pão que desceu do Céu”; e questionam: “Afinal, que pretende ser esse Filho de carpinteiro, nosso conterrâneo?”
Não aceitam a encarnação de Jesus, Filho de Deus, nascido de uma jovem da periferia. Para eles, é um absurdo que Deus tenha assumido a carne humana. A exemplo do povo que, caminhando no deserto, murmura contra Moisés, as autoridades judaicas murmuram contra as declarações do Mestre.
O alimento que Jesus nos proporciona promove a vida: “Quem comer desse pão viverá para sempre”. O Mestre nos alimenta com Sua mensagem, com Suas palavras, com a Eucaristia, com Seus gestos e ações. Tudo o que Ele fez foi em benefício da vida, principalmente, daqueles que estavam em situação mais fragilizada. Sua prática é constante doação em favor dos outros.
Quem come do pão que é Jesus, isto é, quem se alimenta de Seu amor, de Suas palavras e de Suas propostas, não leva uma existência fundada na mentira, na hipocrisia, na ilusão, na falsidade, na mediocridade, mas vive na verdade, tem vida plena, como diz o evangelho. Muitas pessoas testemunham essa vivência com sinceridade, enchendo-a de significado, e acabam por dar sentido também à nossa, ensinando-nos o caminho da vida plena, daquilo que é essencial.
Começamos a nos alimentar do pão da vida quando a Cristo fazemos nossa adesão de fé e nos dispomos a assimilar Seu exemplo e mensagem: aí então o pão consagrado poderá ser, de fato, alimento e força para nossa caminhada, fazendo-nos entrar em comunhão com o corpo de Cristo.
Comungamos do pão eucarístico para nos tornarmos em Cristo e com os irmãos e irmãs, um só corpo e um só espírito.
Paz e bem a todos.
Patricia Alves
Secretaria Paroquial
Paróquia Nossa Senhora Aparecida