José Gregório Torres e sua trajetória no ensino de matemática em Cosmópolis

Aposentado em 2018, professor relembra memórias e carinho pela profissão, que teve início em 1976 na ‘Escola de Comércio’

José Gregório Torres se destaca entre os educadores da cidade, um professor que dedicou mais de quatro décadas à missão de ensinar matemática e se tornou querido por gerações de alunos que passaram por suas salas de aula.

Jornada
Aos 73 anos de idade, o professor conta que iniciou sua jornada como professor de matemática em 1976 na Escola Dr. Moacir do Amaral, na época conhecida como ‘Escola de Comércio’. A partir de 1982, ele expandiu seu campo de atuação, lecionando na renomada instituição GEPAN, hoje E. E. Dr. Paulo de Almeida Nogueira, onde permaneceu até sua aposentadoria em 2018.
José Gregório compartilhou suas reflexões sobre o ensino de matemática e a evolução da educação ao longo dos anos. “A educação é dinâmica e está sempre mudando, mas não podemos jogar fora o conhecimento acumulado. Mudam-se os métodos de ensino, mas os conteúdos permanecem inalterados”, explica Torres. Com isso, ele destaca a importância de adaptar as estratégias de ensino, mantendo-se fiel aos fundamentos que sustentam o conhecimento matemático.
Embora a matemática possa parecer um “bicho de sete cabeças” para muitos alunos, está intrinsecamente presente em nossas vidas, diz o professor, desde escolher o caminho mais curto para o trabalho até lidar com desafios do cotidiano.

Carreira
Ao longo de sua longa carreira, José Gregório percebeu que o verdadeiro aprendizado vai além da sala de aula. “Quem trabalha com adolescentes e adultos aprende mais do que ensina”, afirma. Ele destaca a importância de aprender, compartilhar conhecimentos e contribuir para a formação integral dos alunos.
Contrariando a abordagem tradicional, o profissional nunca se viu como o “anjo salvador”. Pelo contrário, incentivou seus alunos a demonstrarem seus conhecimentos não apenas para obterem notas, mas para adquirirem aprendizado a longo prazo. Ele acredita que a verdadeira chama do interesse dos alunos só pode ser mantida quando o professor é genuinamente interessado e engajado em sua missão educacional.
“Tenho muitas boas lembranças, principalmente por ter participado como aluno e professor do GEPAN que, com certeza, fez e faz parte da minha vida até hoje”. O GEPAN, ao longo dos anos, tornou-se não apenas um local de aprendizado, mas um espaço de memórias e conexões duradouras para o dedicado educador.
Ao abordar seu papel como professor, Torres destaca que a crença no trabalho é fundamental. “O professor que acredita em seu trabalho acaba despertando em seus alunos a competência para sua formação como cidadão, capaz de transformar a sociedade em que vive”, ressalta.