Jovens estudantes transformam realidades com projeto inovador em Mostra de Ciências e Tecnologia do Instituto 3M

Inspiração para a iniciativa surgiu da vivência delas no ensino médio, onde identificaram que muitos problemas enfrentados tinham raízes nas etapas iniciais da educação

Três jovens estudantes inovaram e deixaram suas marcas na comunidade ao abordarem o desafiador tema da educação massificada. Ana Carolina Sousa dos Reis, de 15 anos, e Isabela Diomedesi Neves, de 15 anos, ambas de Cosmópolis, e Letícia Amador de Almeida, de 16 anos, de Limeira, conquistaram destaque na Mostra de Ciências e Tecnologia do Instituto 3M com um projeto que vai além dos números e estatísticas. As três são alunas da ETEC Trajano Camargo, de Limeira.

Educação massificada

O projeto das estudantes surge da preocupação com a educação massificada, que prioriza a quantidade em detrimento da qualidade, levando alunos a abandonarem a escola ou a não buscarem um curso superior. A inspiração para a iniciativa surgiu da vivência delas no ensino médio, onde identificaram que muitos problemas enfrentados tinham raízes nas etapas iniciais da educação. “As oficinas eram lúdicas e realizadas com crianças. A nossa inspiração surgiu quando entendemos que a maioria dos nossos problemas que estávamos lidando no ensino médio foram causados por problemas da escola primária”, explica Ana Carolina.

Laboratório de
iniciação científica

As jovens participaram ativamente do Laboratório de Iniciação Científica (L.I.C), aprendendo a desenvolver pesquisas científicas voltadas para a Ciência Cidadã. Utilizando ferramentas como Plano de Pesquisa, Plano de Ação, Modelo Canvas e Relatório Final, escolheram a Educação Massificada como foco, desenvolvendo protótipos e coletando dados que fundamentaram sua proposta de transformação. “A partir desses ensinamentos, pensamos em um tema (Educação Massificada), desenvolvemos protótipos e obtivemos dados”, conta Isabela Neves.

Impacto social
e emocional

O projeto envolveu seis protótipos que funcionavam como um quebra-cabeça, explorando a dimensão socioemocional da educação. Os dados coletados indicam um impacto social significativo, proporcionando às crianças oportunidades para expressar sentimentos, criar, serem reconhecidas e acolhidas. Em um cenário onde a essência das crianças se perde, o projeto busca resgatar a importância do brincar como formação integral de futuros cidadãos.

Colaboração e
apoio comunitário

O sucesso do projeto também se deve à colaboração significativa de diversas pessoas. As orientadoras Gislaine Delbianco e Jéssica Macedo, a professora Taís Alvarenga, da Instituição Waldorf, a psicóloga Jorlane Reis e as mães das jovens contribuíram ativamente. Além disso, a comunidade local participou doando 103 livros para a causa.

Transformação pessoal e
orgulho na mostra da 3M

O trabalho voluntário e a dedicação ao projeto trouxeram às jovens estudantes uma experiência única. Sentindo-se em um mundo onde eram as protagonistas da mudança, experimentaram um crescimento pessoal e intelectual. A participação na Mostra da 3M foi o ápice desse esforço, proporcionando-lhes um sentimento de orgulho e reconhecimento. “Nos sentimos em um mundo totalmente diferente, onde dependia de nós para ser realizado, onde nós modificamos o que queríamos. Isso nos gerou mais responsabilidade e compromisso, além disso, o lado sentimental e intelectual pôde ser mais amplo, pois falávamos de uma questão social. Trabalho voluntário é cansativo, porém, muito gratificante, não existe sensação melhor do que ser abraçada por aquelas crianças”.

Conselhos para Futuros cientistas

Diante dos desafios iniciais, as estudantes oferecem conselhos valiosos: “Não desista até obter resultados! A pesquisa é incrível, mas a ação em cima do que você busca é ainda melhor”, concluem as jovens.