O Junho Vermelho, movimento existente há três anos, tem como principal objetivo a conscientização da importância de doar sangue.
Apesar de abrigar o Dia Mundial do Doador de Sangue, o mês de junho, pelas baixas temperaturas no Brasil, não recebe muitos doadores nos centros de coleta. Para tal, as campanhas de incentivo ao ato acontecem por todo o período junino.
Como ser um doador?
É necessário, sobretudo, ter entre 16 e 69 anos, com o peso acima de 50 kg. Menores de 18 anos devem comparecer ao centro de coleta acompanhados pelos responsáveis. Já para pessoas acima de 60 anos, só será permitida a doação caso o indivíduo já tenha realizado o ato anteriormente.
A apresentação de documentos originais com foto é de suma importância, sendo válida carteira de identidade, cartão de identidade de profissional, carteira de trabalho e previdência social, carteira nacional de habilitação e passaporte.
Homens podem doar até 4 vezes a cada 12 meses, com intervalo mínimo de 60 dias entre as doações; e mulheres podem doar até 3 vezes a cada 12 meses, com intervalo mínimo de 90 dias entre as doações.
Dia da doação
Recomenda-se que, nas horas anteriores à doação, o indivíduo esteja descansado (com pelo menos 6 horas dormidas nas últimas 24 horas); bem alimentado e longe do consumo de alimentos gordurosos nas 4 horas anteriores. Não se deve ingerir bebidas alcoólicas nas 12 horas que antecedem a doação, além de não fumar por, pelo menos, 2 horas.
Restrições
Indivíduos com piercings e/ou tatuagens devem esperar os 12 meses seguintes a realização para doarem sangue (piercing em cavidade oral ou região genital impede a doação).
Gravidez também mostra-se uma restrição temporária, sendo que, após 90 dias do parto normal e 180 dias do cesariano, já permitem a mulher a doar sangue. O período de amamentação afasta doadoras pelos primeiros 12 meses.
Já em casos de gripe e/ou resfriados, com febre, é necessário esperar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas. Para exames/procedimentos endoscópicos realizados nos últimos 6 meses, também não é recomendada a doação, e, em situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis, aguardar 12 meses.
Já para quem teve diagnóstico de hepatite após os 11 anos de idade; evidência clínica ou laboratorial de doenças transmissíveis pelo sangue, como: hepatite B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas ou o uso de drogas ilícitas injetáveis, a doação de sangue não é permitida definitivamente.
Doadora
Letícia Tieghi (23) é técnica em enfermagem e afirma que, antes de tornar-se doadora, possuía muitos medos e receios, principalmente, no que relaciona-se a dores. “Uma amiga minha que trabalhava comigo estava internada com Leucemia, precisando de doações. O pessoal do trabalho se reuniu para isso, o que me encorajou. Eu tinha muito medo, mas ver uma pessoa próxima de mim precisando de doações me deu coragem de fazer esse bem”, explica.
A jovem ainda comenta que doar significa salvar vidas. “Nós nunca sabemos quando vamos precisar e é uma ação muito simples e rápida que faz um diferencial enorme. Doei uma vez, apenas, há 1 ano. Preciso doar novamente e irei!”, afirma. “Não deixe para fazer amanhã o que você pode fazer hoje. Não espere alguém precisar para você doar. Doe sangue, salve vidas! É simples, fácil e rápido!”, conclui.
Em Cosmópolis
O ponto de coleta na cidade de Cosmópolis é o CERC (Centro Especializado de Reabilitação de Cosmópolis), localizado na Avenida da Saudade, 670. As coletas acontecem uma vez por mês, feitas por uma equipe do Hemocentro da Unicamp que vem até a cidade toda última sexta-feira do mês.
A próxima coleta será no dia 29 de junho. Mais informações pelo telefone 3872 3487.