Nascida na cidade de Rio Verde – GO, Lana Freitas Pereira, de 56 anos, é personagem do “Minha Vida, Uma História”.
No dia 26 de agosto de 1996, Lana chegou a Cosmópolis por meio de uma amiga, que já residia na cidade, decidindo estabelecer-se no município definitivamente. “Passado um tempo, prestei provas de supletivo, pois, só havia cursado até o 2º ano do magistério, e tinha muito vontade de concluir meus estudos”, explica Lana.
No ano de 2009, ela decidiu prestar o concurso público para o cargo de servente no órgão de Promoção Social. “Eu nunca havia trabalhado na área da limpeza, mas, isso não foi empecilho. Em 1º de março de 2010, assumi o cargo, o qual ocupo até hoje”, afirma.
Após a conquista, ainda em 2010, Lana sentiu a curiosidade e o interesse de prestar a prova do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), que lhe rendeu uma boa nota, resultando na aprovação da mesma no ProUni (Programa Universidade Para Todos). “Consegui uma bolsa integral para qualquer curso que eu possuísse interesse. Eu queria mesmo cursar Direito, mas a vaga que possuíam na cidade de Rio Verde – GO só podia ser ocupada por moradores da cidade. Por isso, optei pelo curso de Administração no pólo interativo da UNIP (Universidade Paulista), aqui da cidade mesmo”, conta.
Faltando apenas 1 ano e meio para a conclusão da faculdade, Lana Freitas perdeu a bolsa de estudos, que possuía duração de 4 anos e meio. Apesar disso, ela não desanimou e passou a pagar o curso com o próprio salário. “Não foi fácil, mas, no ano de 2016, consegui o meu bacharelado em Administração. Ano que vem, pretendo iniciar uma pós-graduação, mas, enquanto a hora não chega, vou me dedicando ao aprendizado de viola caipira, que foi e está sendo uma terapia para mim”.
Além disso, ela dedica-se àcomposição de poemas, alguns dos quais já foram musicados.
Hoje, ser uma mulher formada é a principal felicidade de Lana, já que se trata de um sonho de adolescência realizado. “Meus pais não me permitiram estudar quando jovem, justamente por ser mulher. Ter uma graduação hoje é minha maior realização”, comenta.
E a saudade de Goiás ainda existe no coração dela, já que sua família ainda encontra-se lá. “Pretendo voltar para minha cidade e levarei comigo muitas recordações deste lugar, dos amigos, colegas de trabalho e de muitas pessoas que aqui passam em busca de orientações, com suas histórias que nos tornam mais fortes para enfrentar a realidade da vida”, conclui.
