Leishmaniose Canina: conheça a doença e as formas de prevenção

A doença Leishmaniose Canina é uma doença parasitária crônica e quase sempre incurável, podendo chegar a matar o cachorro e colocar em risco as pessoas que convivem com ele.
O médico veterinário José Francisco da Costa, mais conhecido como “Chiquinho”, explica que a doença é causada por um parasita da espécie Leishmania Infantum Chagasi encontrado no Brasil e nas Américas. “A transmissão é feita através do mosquito-palha contaminado que pode picar tanto o cachorro quanto o humano”.
A doença não é contagiosa, ou seja, não é transmitida de uma pessoa para outra, de um animal para outro e nem dos animais para as pessoas.

José Francisco da Costa
Veterinário
CRMV-SP 24.666
Clínica Veterinária Colibri
Fone: (19) 3812-5448
Av. da Saudade, 2419

Sempre que o animal apresentar alguns sintomas como apatia, perda de peso, aumento do volume abdominal, lesões no focinho e na boca, unhas grandes e queda de pelos, o proprietário do animal deve procurar um médico veterinário. “Quando desconfio que o animal esteja com leishmaniose, é necessário fazer exames laboratoriais, ou seja, exames de sangue para descobrir se o animal é positivo”.
Todo cão com sorologia positiva, sintomática ou não, oferece risco à população, pois carrega o parasita que causa a leishmaniose no humano. “O mosquito que está sem o protozoário pode picar o animal positivo, que ao picar se contaminará, podendo transmitir a doença a algum indivíduo”.
Tratamento
O tratamento de animais soro positivos tem apenas uma melhora temporária, mas eles continuam com o parasita na pele, mesmo estando sem sintomas, pois os cachorros são os reservatórios naturais do parasita. “Existem tratamentos para o animal, mas, os preços dos medicamentos não são muito acessíveis”.
De acordo com Chiquinho, existia uma lei que obrigava o proprietário do animal a submetê-lo à eutanásia, para evitar a transmissão da doença. “Hoje, nós temos os medicamentos legalizados que servem como tratamentos, mas, o tratamento é difícil e com alto custo”.

Prevenção
O médico veterinário Chiquinho, explica que a melhor forma de proteger o animal é evitar que seja picado pelo mosquito-palha. Para isso, existem algumas formas de prevenção, como coleiras específicas e medicamentos.
Além disso, para controlar o mosquito-palha, medidas como limpeza dos terrenos e quintais são necessárias para que, assim, consiga evitar a disseminação da doença. “O mosquito se prolifera em lugares rurais, ambientes com muita umidade e perto de florestas. É importante manter o local sempre limpo, pois, assim, dificilmente, terá doenças”.

Alerta
Um alerta que Chiquinho faz é que a população deve estar mais consciente sobre a doença e sempre procurar orientação do médico veterinário. “Lesões com dificuldade de cicatrização ou lesões recorrentes o proprietário deve procurar orientação do veterinário. O tratamento precoce vai minimizar os problemas;a prevenção é o melhor a fazer”, finaliza.