Lembre-se dos pobres

Se representamos o caráter de Cristo, cada partícula de egoísmo deve ser expelida do coração. Promovendo a obra que Ele pôs em nossas mãos, é necessário darmos cada “i” e cada “til” dos recursos que pudermos economizar. Pobreza e sofrimento em famílias virão ao nosso conhecimento, e pessoas aflitas e sofredoras terão de ser socorridas. Pouco sabemos do sofrimento humano que existe em torno de nós; mas, quando tivermos oportunidade, deveremos estar prontos para oferecer imediata assistência aos que estão sob severa pressão.

O dispêndio de dinheiro em artigos de luxo priva os pobres dos meios necessários para supri-los com alimento e roupas. Aquilo que se gasta na satisfação do orgulho, seja em vestuário, em casas, em mobiliário ou em decorações poderia aliviar o sofrimento de muita família sofredora e arruinada. Os mordomos de Deus devem ministrar aos necessitados.

O dar que é fruto da abnegação é um maravilhoso auxílio ao doador. Promove uma educação que nos capacita a compreender mais amplamente a obra dAquele que fazia o bem, aliviando o sofrimento, suprindo as necessidades dos que nada tinham.

Fazer o bem de modo constante e abnegado é o remédio que Deus propõe para os pecados destrutivos do egoísmo e da avareza. Deus dispôs o plano de doação sistemática para o sustento de Sua causa e para aliviar as necessidades dos pobres e dos sofredores. Ele ordenou que o dar deve tornar-se um hábito, para que possa contrapor-se ao perigoso e enganador pecado da avareza. O dar continuamente faz com que a avareza morra de inanição. No plano de Deus, a doação sistemática destina-se a arrancar tesouros dos avarentos assim que sejam ganhos, e a consagrá-los ao Senhor a quem pertencem. […]

A constante prática do plano divino de doação sistemática enfraquece a avareza e estimula a liberalidade. Se as riquezas aumentam, as pessoas, mesmo as que professam piedade, põem nelas o coração; e, quanto mais têm, menos dão para o tesouro do Senhor. Assim a riqueza torna egoístas as pessoas, e o entesouramento estimula a avareza; e esses males se fortalecem pelo exercício ativo. Deus conhece o perigo que nos rodeia e nos protege com meios para evitar nossa ruína. Ele requer o constante exercício da caridade (O Lar Adventista, p. 370, 371).