Se ele não os atender, então, e só então, o assunto deve ser levado perante o inteiro corpo de crentes. Que os membros da igreja, como representantes de Cristo, unam-se em oração e amoráveis súplicas para que o ofensor seja restaurado.
O Espírito Santo falará por meio de Seus servos, pleiteando com o errante para voltar para Deus. O apóstolo Paulo, falando por inspiração, diz: “Como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus” (2Co 5:20).
Aquele que rejeita essa tentativa realizada em conjunto rompeu o laço que o ligava a Cristo, separando-se assim da sociedade da igreja. Daí em diante, disse Jesus, “considera-o como um gentio e publicano” (Mt 18:17). Entretanto, não se deve olhar para ele como separado da misericórdia de Deus. Não seja desprezado ou negligenciado por seus antigos irmãos, mas tratado com ternura e compaixão, como uma das ovelhas perdidas a quem Cristo ainda está buscando trazer para o aprisco.
As instruções de Cristo quanto ao tratamento dos que estão em erro repetem, de maneira mais específica, o ensino dado a Israel por intermédio de Moisés: “Não aborrecerás teu irmão no teu íntimo; mas repreenderás o teu próximo, e por causa dele, não levarás sobre ti o pecado” (Lv 19:17). Isto é, se alguém negligencia o dever que lhe é imposto por Cristo, de procurar restabelecer os que se acham em erro e pecado, torna-se participante do pecado. Somos tão responsáveis por males que poderíamos ter reprimido, como se fôssemos nós mesmos culpados da ação.
É ao que procedeu mal que nos cumpre apresentar o erro. Não devemos fazer disso assunto de comentários e críticas entre nós; nem mesmo depois de isso ter sido comunicado à igreja, achamo-nos na liberdade de o repetir aos outros. O conhecimento das faltas dos cristãos só servirá de pedra de tropeço para o mundo incrédulo. Demorando-nos sobre essas coisas, só fazemos mal a nós mesmos; pois é pela contemplação que somos transformados.
Ao procurarmos corrigir os erros de um irmão, o Espírito de Cristo nos levará a resguardá-lo quanto possível até da crítica dos próprios irmãos, quanto mais de censura do mundo incrédulo. Nós mesmos somos falíveis e necessitamos da piedade e do perdão de Cristo. Da mesma forma que desejamos que nos tratem, Ele nos pede que tratemos uns aos outros (O Desejado de Todas as Nações, p. 441).