Livro ‘O Menino das Meias’ conta a história inspirada na vida de seu autor

Segundo Laércio Custódio Junior, narrativa foi escrita há 15 anos em uma rede social chamada Fotolog

Laércio Custódio tem 33 anos, mais conhecido como ‘Juh Brilliant’, é nascido em Santo André, cresceu em São Bernardo do Campo e veio para Cosmópolis em 2003, com 14 anos. Escritor, pedagogo e fotógrafo, lançou seu primeiro livro em fevereiro deste ano. Em entrevista, ele conta tudo sobre como foi essa experiência e fala a respeito de seu livro. Confira.

Início
“Meu nome é Laércio Luís Custódio Junior. Sou escritor, pedagogo e fotógrafo. Esse é o meu primeiro livro, eu o escrevi há 15 anos, sem saber que era um livro, numa antiga rede social chamada Fotolog. É inspirado na minha vida pessoal e experiência enquanto criança até a recuperação do meu primeiro coração partido, aos 18 anos, descoberta da minha homossexualidade, amores, beijos. Uma amiga notou que as postagens tinham uma narrativa e eu decidi montar o livro”, conta Laércio.

 

 

Capa do livro

O Menino das Meias
“Essa narrativa ficou no meu e-mail por anos, um sonho adormecido ali por 15 anos. Num processo de terapia, pois sofro de transtorno de ansiedade generalizada e insônia crônica, senti a necessidade de voltar a me expressar pela escrita novamente, num segundo livro, já em andamento com o título de “BRILHANTE?!”. Mas, para começar o processo, quis trazer ao mundo o primeiro, que o batizei de “O Menino das Meias”.
O Menino das Meias fala muito de inocência. Parece um conto de fadas, mas tem um viés de uma pessoa escrevendo a partir de uma decepção amorosa. Então, hoje, eu escreveria algumas partes de forma diferente, mas, respeitei minha visão da época. E Juh Brilliant é o nome que eu usei no Fotolog na época que escrevi e, é, então, meu nome artístico de escritor”, esclarece.

Apoio
“Amigos me ajudaram com arte, revisão, fotografia, diagramação, e eu fiz a impressão, de forma independente, de cinquenta exemplares, inicialmente, e presenteei pessoas importantes na minha trajetória. O capista do livro foi o Diego Serpa; o revisor Ricardo Alves; a diagramação foi feita pela Michele Carneiro; e a fotografia pela Ana Clara Bortolan”, fala Laércio.

Aquisição
“Outras pessoas têm se interessado, fazendo questão de ter o livro físico. Estou montando uma lista para a terceira remessa, mas, ainda assim, numa forma de cobertura de custos. Pretendo que esse primeiro livro seja uma forma de ajudar os outros como me ajudou na época que escrevi. A versão digital será disponibilizada através de mim, numa troca de valor mínimo simbólico e todo valor será revertido para alguma instituição que ajude pessoas LGBTQIAP+.
Todos aqueles que quiserem adquirir o livro podem entrar em contato comigo através de meu Instagram @juh_brilliant”, comenta.

Sonhos
“Meu sonho sempre foi trabalhar com escrita. Fiz anos de comunicação social, bioquímica, sou bilíngue, fotógrafo, pedagogo e, em tudo isso, sempre fiz coisas voltadas à escrita. Estágios como redator em agências, também cuidei de redes sociais de clientes minhas. Pedagogia e ser ‘teacher’ também é ensinar a escrever. Agora pretendo retomar isso, com mais estabilidade, e cursar jornalismo em breve”, finaliza.