60% a 90% dos adultos sofrem ou ainda sofrerão com dores lombares
Embora seja um sintoma que pode ocorrer também em pessoas jovens, a incidência de dor lombar é maior em pessoas adultas; hoje, é a segunda maior causa de afastamento de trabalho e é considerada um problema de saúde pública. O acometimento da dor pode gerar a incapacidade das atividades diárias. A lombalgia não é considerada uma patologia, e sim, um sintoma da disfunção músculoesquelética.
Para entender um pouco, a nossa coluna vertebral é formada por vértebras, discos intervertebrais, músculos e ligamentos. Já no interior da coluna, encontram-se os nervos, a medula espinhal e raízes nervosas. A coluna vertebral possui um conjunto de 33 vértebras que são divididas por regiões: cervical (07 vértebras), torácica (12 vértebras), lombar (05 vértebras), sacral (05 vértebras) e coccígea (04 vértebras fundidas). A principal função da coluna vertebral é dar sustentação ao corpo e manter a sua flexibilidade.
A coluna lombar, como vimos, é formada por cinco vértebras, que se articulam entre si através dos discos intervertebrais, essa estrutura que permitem os movimentos e absorção de choques, por isso, é a região mais acometida da coluna vertebral.
Lombalgia é caracterizada por dor na região inferior da coluna vertebral lombar, que pode ser em diversas intensidades – essa dor pode ser aguda ou crônica.
Dor lombar, geralmente, aparece após um esforço físico, ocasionado por um mal jeito ou por espasmos musculares que geram uma rigidez próxima ao sacro, provocando uma dor aguda e intensa na região lombar e que pode irradiar para as nádegas e posterior das coxas. Geralmente, ela é classificada da seguinte forma:
Aguda: com duração que pode ser de 4 a 6 semanas.
Subaguda: com duração de 6 a 12 semanas.
Crônica: com duração acima de 12 semanas.
Sintomas
• Dor de início súbito na região lombar;
• Sensação de queimação e desconforto;
• Dor irradiada da lombar para os glúteos e coxas;
• A piora da dor ao fazer movimentos de sentar e levantar;
• Dificuldade em permanecer muito tempo em pé ou sentado;
• Piora da dor na extensão do tronco;
Principais causas
A dor pode ser causada por diversos fatores, desde um movimento abuptro, ou movimentos de esforços físicos, bem como má postura, ficar muito tempo sentado ou em pé, esportes de impactos, e também degenerações por idade ou desgaste. Existem, ainda, outras causas ligadas a patologias como: degenerações dos discos vertebrais, artrose da coluna, espondilolistes e deslizamentos vertebrais, estenose vertebral. Lombalgias específicas ocasionadas por disfunções em diversas estruturas, tais como: músculos, ligamentos, ossos, fáscias ou nervos. A lombalgia também pode ser decorrente de hérnias discais, osteoporose, fibrose, entre outras.
Existem outros fatores que desenvolvem a dor lombar, tais como: tumores, tabagismo, lesões esportivas, período gestacional, sedentarismo, obesidade.
Lombalgias Específicas
Tratamento
Para o tratamento da lombalgia, o recomendado é procurar o médico especialista para determinar a melhor conduta. Pois em algumas situações podem ser necessárias a realização de exames (como RX, tomografia e ressonância magnética). O importante é relatar com detalhes os sintomas, especificar o tipo da dor (fisgada, dormência, choque, formigamentos, etc…) relatar o local, a duração, e quando alivia a dor.
Em geral, o tratamento para dor lombar é conservador, pois regride com medicação que controlam a dor e os sintomas, a fisioterapia para fortalecimento da musculatura e alivio da dor.
Hoje o Pilates é indicado como tratamento alternativo para prevenção e alívio dos sintomas da dor lombar, pois, trabalha com fortalecimento dessa estrutura, bem como a flexibilidade. O foco principal do Pilates é ativação do Core, e fortalecimento da musculatura estabilizadora lombar, além de trabalhar de forma global em todas a estrutura corporal, vai atuar também na correção postural, força muscular, flexibilidade, consciência corporal, coordenação motora.
Medidas Preventivas
• Manter a postura correta, durante o dia e, inclusive, durante o sono.
• Evitar permanecer muito tempo em pé ou sentado.
• Realize a flexão dos joelhos ao abaixar e nunca abaixe descendo o tronco com as pernas estendidas.
• Evitar a obesidade.
• Praticar atividades físicas.
• Use calçados adequados (com solados baixos e confortáveis).
Dra. Sueli M. de Oliveira
Fisioterapeuta
Stúdio Sú Montaño
Crefito 139822-F