Mãe de três filhas, ela enfrentou câncer de mama durante gestação

Drama foi vivido na gravidez da primeira filha, Alícia

Débora Guizani Cecatto, Analista de Crédito, de 38 anos, desde a infância, sonhava em ser mãe. As brincadeiras de criança sempre foram em torno da maternidade, nunca se imaginou viver sem um dia realizar seu sonho, que se tornou realidade apenas 6 anos após seu casamento, quando nasceu sua primogênita, Alice.
Porém, no sexto mês de gestação, ela descobriu que estava com câncer de mama. Nas palavras dela: “o que era um lindo sonho, se transformou num pesadelo em preto e branco, pois, a partir desta descoberta, não tinha a certeza de que iria ao menos criar minha filha – se tratava de um câncer muito agressivo”. Com muita fé, e apoio do marido e seus pais, o problema foi superado, pelo menos por hora.
Ao final de 2012, Alice nasceu saudável, mas Débora não conseguiu amamentá-la devido à intensidade das dores. No ano seguinte, após alguns meses do nascimento da primeira filha, Débora operou. Foi realizado um procedimento chamado mastectomia, responsável pela remoção total do seio esquerdo. Ela relata que isso foi feito em meio a um período de muitas dúvidas, pois não sabia que o tratamento seria tão intenso, e que a impossibilitaria de dar a atenção necessária que sua filha tanto precisava naquele momento. “Foi um turbilhão de emoções, pois, estava realizada com meu sonho da maternidade, mas, em meio a um câncer, aos 29 anos de idade, que segundo os médicos, poderia ter evoluído justamente devido à gestação… Foi um ano difícil, e, ao mesmo tempo, muito feliz, pois eu era mãe”, diz.
Tiveram momentos nos quais sua filha a queria, porém, por diversas vezes, ela teve de se ausentar de seus cuidados e obrigações de mãe, pois porque tinha que ir a outra cidade para realizar a quimioterapia. Com isso, sua filha era bem cuidada pelo pai e pelos avós. Ela diz que Deus lhe deu o milagre da cura, o que fez com que pudesse cuidar e criar sua filha, posteriormente.
Tempos depois, com o tratamento ainda acontecendo, o sonho de uma nova gestação ficou enfraquecido. Mas, Débora se assegurava de que, para Deus, nada é impossível. Foi em dezembro de 2016, quando a quimioterapia terminou. Mais uma vez, ela estava curada.
Pouco tempo depois, em fevereiro de 2017, ela descobriu que estava grávida novamente, porém, diz que, juntamente com seu esposo, ficaram preocupados, pois o primeiro câncer talvez tivesse se manifestado devido à gestação, então, estavam com medo de que isso pudesse acontecer novamente.
“E como se não bastasse o milagre e a alegria de estarmos vivendo o sonho de uma nova maternidade, fomos fazer o primeiro ultrassom e descobrimos que não seria o bebê, e sim, os bebês”. Débora diz que Deus a abençoou com mais duas filhas; ela, então, seria mãe de gêmeas.
Diferentemente da anterior, foi uma gestação em que tudo ocorreu normalmente, as duas nasceram com 9 meses e com ótimo peso.
“E assim, Deus me abençoou com o dom da maternidade, algo inexplicável. Só vivendo para saber todas as alegrias; um amor que, por mais clichê que seja, não cabe no peito. Eu amo ser mãe, não mudaria uma vírgula da minha história. Minhas meninas, Alice, de 8 anos; Paola e Helena, de 3 anos, são minha vida, meu ar, meu tudo. São meu incentivo para não desistir nunca. E ainda deixo aqui minha homenagem à minha mãe, Cida, que sempre esteve e está ao meu lado, distribuindo amor às netas e nos mostrando sempre o caminho do bem. Acima de tudo, ainda me ensinou a ter fé e muita gratidão”, finaliza Débora.