Quem passou na esquina do cruzamento entre a Rua Luiz Strazzacappa e a Rua Tiradentes pode ver uma cena bastante incomum: uma bicicleta amarrada a um poste, com uma carta pendurada nela, e o seguinte aviso: “Pare, pense, reflita”.
Quem teve a atitude foi a mãe do garoto de 17 anos, que faleceu em um acidente de trânsito em abril deste ano. Bruno Celestino Fernandes Souza estava voltando da Escola Célio Rodrigues, onde cursava o terceiro ano do ensino médio, de bicicleta, e se chocou com uma van.
A carta, escrita pela mãe Sheila Regina Pinto, conta a trajetória da vida de Bruno, desde seu nascimento até seus últimos momentos de vida.
A bicicleta foi colocada no local no último domingo, 29 de maio, próximo ao lugar em que o acidente aconteceu. A atitude da mãe faz um alerta para todos que passam pelo local. “Pare, pense e reflita” é a frase que chama a atenção de mulheres, homens, idosos, jovens, pais, irmãos, filhos, mas, principalmente, de mães.
Bicicleta foi amarrada no poste próximo ao local do acidente de Bruno
A dor de perder um filho é mostrada claramente na carta. O alerta é para que as pessoas, tanto motoristas de carro, caminhões, motos, ônibus e pedestres e ciclistas conheçam seus direitos e deveres no trânsito, e que sempre respeitem a sinalização e as leis de trânsito. Além disso, dirigir com responsabilidade é fundamental para que famílias sejam poupadas do sofrimento de perder alguém querido.
Sheila contou à equipe do Jornal GAZETA de COSMÓPOLIS que gostaria que a sinalização fosse reforçada no local para evitar outros acidentes.
Relembre o caso:
No início da tarde de terça-feira, 26 de abril, por volta das 12h20, um garoto foi atropelado e perdeu a vida.
A vítima, Bruno Celestino Fernandes Souza, 17 anos, morador do Bairro Bader José Aun, seguia em uma bicicleta pela Rua João Dias de Arruda Neto, no Bairro Jardim de Lourdes, quando, no cruzamento com a Rua Luiz Strazzacappa, acabou batendo de frente com uma van escolar.
O jovem foi levado ao Pronto Socorro (PS), do Hospital Beneficente Santa Gertrudes, onde faleceu poucos minutos depois.
A bicicleta da vítima teve diversos danos. A parte dianteira ficou totalmente destruída e torcida.
O corpo de Bruno foi velado no cemitério municipal e enterrado na tarde do dia 27 de abril.
Sheila Regina Pinto, mãe de Bruno
