Mães contam suas experiências na criação de gêmeos

Elisângela, Silvia, Edna e Edneia viveram momentos únicos e tiveram que se superar para cumprirem uma tarefa tão difícil e única

A primeira história é de Elisângela. Mãe de primeira viagem, ela teve uma gestação tranquila, tendo uma surpresa muito grande e feliz quando viu no ultrassom a presença dos dois filhos, pois sempre sonhou em ser mãe de gêmeos. O parto ocorreu após 32 semanas, por isso, os bebês tiveram que ficar na neonatal para ganharem peso. Quanto à criação, houve muitas dificuldades, ainda mais para uma mãe de primeira viagem. A preocupação em meio às cólicas foi muito grande, considerando que, cada problema, tido por qualquer bebê recém-nascido, era multiplicado por dois. No começo, ela sempre contou com a ajuda de seus familiares, incluindo seu marido, que tirou o primeiro mês de vida dos filhos para auxiliar Elisângela.
Quanto à criação dos gêmeos, Kaíque e Kauã, ela conta que sempre teve uma rotina rotativa, em que teve sempre que se adaptar às novas fases que os dois entravam. No geral, ela diz que não deram muito trabalho, principalmente na escola, aonde se adaptaram bem ao entrarem. Para encerrar, ela diz que todo o esforço acaba sendo muito gratificante.

A outra história remete às três amigas: Silvia, Edneia e Edina. Elas sempre foram próximas, desde a infância, quando se conheceram na escola ‘Rodrigo’. Saíam juntas na juventude, e então, cada uma foi casando e tendo filhos. O que ninguém esperava é que as três acabaram tendo gêmeos!
As três relatam extrema felicidade ao descobrirem que iriam ter gêmeos, inclusive, Edneia chegou até a brigar com o médico, chamando-o de mentiroso após revelar a notícia. Silvia relata que teve uma gestação bem tranquila, e quando ela e seu marido descobriram que eram gêmeos, quase explodiram de felicidade. Para Silvia e Edna, o parto, cesárea, ocorreu tudo bem, diferentemente de Edneia, que pariu suas duas filhas após somente 7 meses de gestação. As bebês, Melissa e Milena, precisaram ser transferidas imediatamente para a Unicamp, onde foi feita uma cirurgia no intestino da pequena Milena. Após isso, elas ainda tiveram que ficar por 60 dias internadas no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, na Unicamp. Edneia revela ter sido um período muito difícil, pois tinha de visitá-las todos os dias de ônibus.
Nesta mesma fase inicial, Silvia e Edna dizem ter recebido imenso apoio familiar. “Nos primeiros meses, tive ajuda da Vovó Ana e das Titias Chica e Cris; sem a ajuda delas, não sei como seria”, relata Edna. Silvia diz ter recebido grande ajuda de sua mãe no período incial: “Quando um dormia, o outro acordava. Quando um adoecia, o outro também ficava doente”, diz a professora.
Para Edneia e Edna, a adaptação de seus filhos à escola foi tranquila. Diferentemente de Silvia, que diz que seus filhos eram muitos apegados a ela, então tiveram certa dificuldade na adaptação.
Após anos, as mães se consideram completamente adaptadas à rotina, e dizem que, após crescerem, os filhos dão muito menos trabalho, devido à maturidade alcançada ao longo da criação.
As três dão dicas às futuras ou recentes mães de gêmeos. Pensam da mesma maneira ao possuírem extrema gratidão ao terem dois filhos de uma só vez. Silvia, Edna e Edneia motivam as novas mães a aproveitarem cada minuto e noites de sono perdidas devido à dificílima missão de cuidar de duas crianças, pois se o trabalho é em dobro, o carinho também é.