O trânsito é a principal causa de mortes entre pessoas de 15 a 44 anos e gera, em todo o mundo, anualmente, 1,3 milhão de vítimas fatais, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). Só no Brasil, pelos dados do Ministério da Saúde, mais de 35 mil pessoas morrem nas estradas e ruas por ano.
O Maio Amarelo é um movimento internacional de conscientização para redução de acidentes de trânsito. Ele visa estimular a participação da população, empresas, governos e entidades, por meio de um esforço conjunto coordenado pela sociedade civil e poder público.
Ao longo do mês, serão realizadas diversas atividades de conscientização no trânsito pelas concessionárias que atendem as rodovias do país. O mês de maio foi escolhido porque a ONU decretou, em 11 de maio de 2011, a Década de Ação para Segurança no Trânsito. Neste mesmo mês, é comemorada a Semana Mundial de Segurança ao Pedestre, lançada em 2013. Com isso, o mês de maio se tornou referência mundial para o balanço das ações que o mundo inteiro realiza.
Motoristas de veículos automotores ficam obrigados a cumprir as legislações contidas no Código de Trânsito Brasileiro, sendo os mesmos passivos de autuações caso sejam descumpridas. “Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre seu veículo e os demais, bem como em relação ao nosso da pista, considerando-se, no momento, a velocidade, as condições climáticas do local da circulação e do veículo, implica em infração grave e a penalidade é a multa, bem como em relação ao bordo da pista”, esclarece o Secretário de Segurança Pública e Trânsito de Cosmópolis, Carlos Alexandre Braga.
Preocupado com o número crescente de acidentes com bicicletas, Braga aproveita o tema do mês [Maio Amarelo] para conscientizar que bicicletas e outras variações são todos considerados veículos. Dessa forma, devem seguir as leis de trânsito e circular na mão correta de direção, por exemplo, e não andar na calçada, a menos que existam sinalizações para isto ou autorização de autoridades.
O ciclista deve focar sua atenção para o trânsito, as sinalizações, mas, também, para seu próprio meio de transporte, a bicicleta, que deve possuir os equipamentos obrigatórios. O Secretário informa que as bicicletas devem ter espelho, sinalização e campainha.
Contudo, não são somente os ciclistas que têm deveres. “Inclusive, as pessoas que estiverem de bicicleta e/ou pedestres têm preferências sobre os veículos automotores sempre”, ressalta.
Confira algumas dicas aconselhadas pelo Secretário para que o ciclista pedale com mais segurança:
ILUMINAÇÃO
As luzes da bicicleta têm papel essencial. Afinal, é muito mais importante evitar uma situação de risco do que se preparar para sobreviver a ela. Principalmente à noite, quem está numa bicicleta é ainda menos visto por quem está dirigindo. Os refletivos, que a lei obriga a virem com as bicicletas, são de pouca ajuda. Use sempre luz branca na frente e vermelha atrás, para os motoristas saberem rapidamente se você está indo ou vindo. Lembrando que a luz deve ser piscante, pois a intensidade luminosa das lanternas de bicicleta não é suficiente para se destacar com segurança quando acesas no modo ininterrupto.
CAPACETE
O uso do capacete não é obrigatório por lei para o ciclista. Apesar disso, recomenda-se seu uso, porque um capacete diminui a chance de traumatismo craniano, assim como uma joelheira diminuiria a chance de machucar os joelhos. Além disso, o uso de luvas pode proteger as mãos em casos de queda e evitar que, no frio, fique difícil de frear com segurança.
NÃO ANDAR NA CONTRAMÃO
Um pedestre que vai atravessar a rua só olha para o lado de onde os carros vêm. Um carro que vai entrar em uma rua, ou sair de uma garagem ou vaga de estacionamento, também. Eles não esperam encontrar uma bicicleta vindo na contramão. Um carro fazendo uma curva à direita também não espera uma bicicleta na direção contrária, ainda mais no lado de dentro da curva.
AFASTE-SE DAS PORTAS
Cuidado com as portas dos carros parados. Muitos motoristas olham no retrovisor, procurando o volume grande de um carro e acabam não vendo a bicicleta chegando, principalmente à noite (outro ponto a favor da iluminação piscante). Por isso, fique a uma distância que seja suficiente que uma porta abrindo não te derrube. Mantenha pelo menos um metro dos carros parados, tentando imaginar até onde iria uma porta aberta.
ANDE NA DIREITA
Ande sempre pela direita. Em alguns casos, pode ser melhor usar a esquerda quando a via é de mão única, mas são raras exceções. Usar a faixa da direita é mais seguro, por ser a área destinada aos veículos em menor velocidade.
Não se posicione muito no canto, senão os carros tentarão passar na mesma faixa em que você está, mesmo não havendo espaço para fazer isso em segurança. Você pode se desequilibrar e cair só com o susto, sem falar no perigo de um esbarrão.
SINALIZE SEMPRE
É muito importante que os motoristas possam prever sua trajetória, por isso, sempre sinalize o que pretende fazer com sinais de mão. Peça passagem, dê passagem, sinalize que o motorista pode passar quando você decidir esperá-lo, avise quando você for precisar entrar na sua frente (e espere para ver se ele vai parar mesmo).
Sinalize com a mão esquerda em 90º quando for virar à esquerda e com a mão direita quando for virar à direita. Agitar ligeiramente a mão torna o sinal mais visível. Quando for continuar em frente em um local onde muitos carros viram à direita, sinalize com a mão em 45º, pedindo para aguardar.
PREFIRA CICLOVIAS E RUAS CALMAS
Ciclovias e ciclofaixas protegem vidas, pelo simples fato de separar os ciclistas do trânsito dos demais veículos. O cuidado que se deve tomar nesse caso é, principalmente, nos cruzamentos, esquinas e conversões, onde os motoristas nem sempre dão a preferência ao ciclista.
A escolha da rota é um item importante de segurança. Procure ruas menores, que os carros evitam por precisar parar a cada esquina em razão de lombadas, valetas ou muitos semáforos.
NÃO PEDALE NA CALÇADA
Se precisar passar pela calçada ou atravessar na faixa de pedestres, o código de trânsito manda desmontar da bicicleta, como os motociclistas conscientes fazem. Os pedestres que estão de costas para você podem dar um passo para o lado sem te ver chegando. Um carro pode sair de dentro de uma garagem de prédio e te acertar em cheio, ou aparecer na sua frente de um modo que você não consiga desviar – e o errado (e ferido) vai ser você.
NÃO PASSE NO SINAL VERMELHO
Não passe no sinal vermelho com a bike, pois pode aparecer um carro em alta velocidade na transversal e você não conseguir fugir a tempo. Ou pode aparecer um pedestre que estava oculto pelos carros, exercendo seu legítimo direito de travessia. E, mesmo que o pedestre esteja atravessando fora da faixa ou com o sinal aberto para os veículos, é obrigação do ciclista reduzir e aguardar que ele termine a travessia.