Mais de 255 mil pessoas já estão recuperadas da COVID-19 no Estado de SP

Desenvolvimento Regional confirma tendência de alta de infecções no interior; região de Piracicaba regride para fase vermelha do Plano São Paulo

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (17) no Palácio dos Bandeirantes, secretários do Governo do Estado e membros do Comitê de Contingência do coronavírus anunciaram que, do total de casos diagnosticados de COVID-19 em SP, 255.768 pessoas estão recuperadas. Destas,  59.914 foram internadas e tiveram alta hospitalar. As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 66% na Grande São Paulo e 67% no Estado. O número de pacientes internados é de 14.745, sendo 8.862 em enfermaria e 5.883 em unidades de terapia intensiva.

O Estado registrou nesta sexta-feira (17) um total de 19.377 óbitos e 407.415 mil casos confirmados do novo coronavírus. Dos 645 municípios, houve pelo menos uma pessoa infectada em 636 cidades, sendo 426 com um ou mais óbitos.

Segundo o secretário Marco Vinholi, de Desenvolvimento Regional, o interior de SP prossegue com  tendência de alta de infecções. “O Governo do Estado segue aumentando a capacidade hospitalar e mantendo atendimento para todas as pessoas. Tivemos um crescimento de 11% em capacidade hospitalar na média do estado na última semana, saindo de 20,3 leitos por cem mil habitantes e atingindo 23,3 agora. Distribuímos 179 respiradores ao longo da semana. Hoje distribuiremos mais 80 respiradores, totalizando 259 somente nesta semana. Estes equipamentos seguirão para as regiões de Bauru (20), Marília (5), Ribeirão Preto (15), Sorocaba (20), e São José dos Campos (20)”, afirmou o secretário Vinholi.

Durante a coletiva de imprensa, o Governador João Doria confirmou a regressão da região de Piracicaba para a fase vermelha do Plano São Paulo de enfrentamento à pandemia do coronavírus. A partir da próxima segunda (20), haverá restrição total de atendimento presencial nas atividades não essenciais de comércios e serviços em 26 cidades da área do DRS (Departamento Regional de Saúde) de Piracicaba.

“Nós temos que evitar a propagação da pandemia e a saturação do sistema de saúde pública. O Plano São Paulo prevê regressões para regiões em que a pandemia tenha se intensificado, o que é o caso de Piracicaba”, afirmou o Governador.

“A aceleração está se dando de forma mais contundente no interior, mas o Estado segue aumentando a capacidade hospitalar, mantendo o atendimento para todas as pessoas”, disse o Secretário Vinholi.

Vinholi anunciou na ocasião 12 novos leitos para o Hospital Regional de Piracicaba, que, somados aos 38 leitos já disponíveis, somam 50 leitos de UTI. “Também haverá investimentos em Limeira, Rio Claro, Pirassununga e Rio das Pedras, aumentando a capacidade hospitalar de toda região de Piracicaba”, disse Vinholi, acrescentando que o Hospital de Campanha do Ibirapuera, na Capital, já foi regulado para receber pacientes da região de Piracicaba ao longo desta semana.

Reabertura segura

Nas demais 15 áreas de saúde do interior e litoral e seis sub-regiões da Região Metropolitana da capital, a classificação de retomada econômica se manteve a mesma anunciada no último dia 10. Na Grande São Paulo, apenas a sub-região Norte (Franco da Rocha) está na fase laranja, enquanto as demais continuam na etapa amarela.

No interior, há outras quatro regiões com restrição total ao atendimento presencial em estabelecimentos não essenciais: Araçatuba, Campinas, Franca e Ribeirão Preto. Na etapa laranja, ficam as áreas de Araraquara, Barretos, Bauru, Marília, Presidente Prudente, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, Sorocaba e Taubaté. Já as regiões da Baixada Santista e Registro estão na etapa amarela, com nível menos restrito de flexibilização.

A etapa laranja permite funcionamento com 20% da capacidade de atendimento presencial em escritórios em geral, imobiliárias, comércio de rua, shoppings e concessionárias. A abertura é restrita a quatro horas diárias, todos os dias, ou seis horas durante quatro dias e fechamento por outros três.

 Perfil da mortalidade

Entre as vítimas fatais estão 11.205 homens e 8172 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 74,7% das mortes.

Observando faixas etárias, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (4.766), seguida pelas faixas de 60 a 69 anos (4.523) e 80 e 89 anos (3.869). Entre as demais faixas estão os: menores de 10 anos (28), 10 a 19 anos (35), 20 a 29 anos (161), 30 a 39 anos (627), 40 a 49 anos (1.344), 50 a 59 anos (2.697) e maiores de 90 anos (1.327).

Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (58,5% dos óbitos), diabetes mellitus (43,2%), doenças neurológicas (11%) e renal (9,8%), pneumopatia (8,3%). Outros fatores identificados são obesidade (7,1%), imunodepressão (6%), asma (3,1%), doenças hepáticas (2,1%) e hematológica (1,9%), Síndrome de Down (0,5%), puerpério (0,1%) e gestação (0,1%). Esses fatores de risco foram identificados em 15.506 pessoas que faleceram por COVID-19 (80%).

Perfil dos casos

Entre as pessoas que já tiveram confirmação para o novo coronavírus estão 192.651 homens e 214.365 mulheres. Não consta informação de sexo para 399 casos.

A faixa etária que mais concentra casos é a de 30 a 39 anos (98.619), seguida pelas faixas de 40 a 49 (88.406), 50 a 59 (63.239), 20 a 29 (62.687), 60 a 69 (37.711), 70 a 79 (20.281), 10 a 19 (14.543), 80 a 89 (10.661), menores de 10 anos (8.013) e maiores de 90 (3.001). Não consta faixa etária para outros 254 casos.