Manutenção de motor a diesel precisa de equipamento e cuidados especiais

Com cada vez mais opções no mercado automobilístico, os motoristas têm mais opções de escolha. Dentre os itens de mais preocupação na hora de adquirir um carro, é quanto ao motor, que pode ser a gasolina, a álcool, flex (tanto um quanto o outro), e a diesel.

Nos últimos anos, o número de carros a diesel tem aumentado bastante. Quem faz essa afirmação é o técnico-mecânico Valdinei Ramos, que explica que, além de proporcionar mais “força” ao veículo, é uma consequência da melhoria do combustível diesel. “Nos últimos anos, a quantidade de enxofre diminuiu na composição desse combustível. Para esses veículos, é aconselhado utilizar o combustível diesel S-10. O diesel comum seria o S500, que não é aconselhável, devido à grande quantidade de enxofre que ele contém”, recomenda.

O profissional explica que a principal diferença entre esses dois combustíveis é a diferença de fuligem solta na atmosfera através de sua combustão. “O S-10 libera uma quantidade menor, mas, mesmo assim, é necessário ter o filtro de partículas ou o sistema chamado EGR, sistema que filtra os particulados do sistema a diesel”, indica ele.

O enxofre é extremamente prejudicial ao meio ambiente porque é um dos gases que colaboram para o efeito estufa, ou o aquecimento em demasia do planeta. “Antes, não tínhamos muitos carros a diesel também porque ainda não existiam filtros adequados o suficiente para que houvesse a retenção necessária desse gás. O S-10 tem a vantagem de ter menos enxofre em sua composição. Porém, há uma desvantagem: por essa razão, ele se torna menos lubrificante, gerando um desgaste maior no sistema de motor, e por isso o cuidado com o carro deve ser redobrado”, esclarece o especialista.

Nesse caso da falta de lubrificação, o profissional aconselha que a manutenção periódica deve ser feita também porque a quantidade de fuligem aumenta também, entupindo o filtro de partículas. “Nos carros mais novos, há uma lâmpada no painel que indica quando esse filtro precisa ser limpo, ou quando está danificado. Se essa manutenção demora muito a ser feita, pode chegar ao ponto de precisar substituir o filtro de partículas, que tem um custo muito elevado. Em um carro do modelo Amarok, por exemplo, um filtro desse custa em média R$8 mil”, adverte.

O módulo de injeção dos veículos já é programado para regenerar esse filtro de partículas quando estiver entupido. Porém, se houver algum defeito na injeção, ele não conseguirá fazer isso, sendo necessária a troca. “O período de revisão do motor é a cada 10 mil km. O conjunto de injetores de bico, hoje, custa em média R$1.400 cada bico injetor – e são quatro. Portanto, a manutenção preventiva se torna mais barata do que a manutenção corretiva”, afirma Valdinei. Nessa manutenção periódica, são colocados aditivos que melhoram a lubrificação do motor.

Em nível de curiosidade, os veículos movidos a diesel não têm a questão da dificuldade em dar a primeira partida no carro quando o clima está frio. “Isso não ocorre porque existem as velas aquecedoras, um sistema que aquece o diesel para ele funcionar. O que é aconselhável: de manhã, quando você ligar a chave de seu carro a diesel, uma lâmpada (do formato de uma ‘mola’ vai acender no painel. Quando aquela lâmpada apaga, é o momento de dar partida no veículo. Isso acontece nos veículos mais novos, de 2005 em diante”, explica o técnico-mecânico. “O principal sintoma de que o sistema de motor já está com defeito é se o carro demora mais que o normal para pegar de manhã, mesmo com o clima mais frio. Isso indica que já está na hora de procurar um especialista”, acrescenta ele.

Esses carros precisam de cuidados especiais, principalmente no que diz respeito ao filtro de combustível, óleo lubrificante, e também no decantador de água, que separa a água do combustível. “Essa água que é a grande vilã, que prejudica o sistema a diesel, podendo danificar bombas e bicos injetores”, adverte o técnico-mecânico.

Por ser um sistema mais sensível, a equipe de Valdinei vem sendo treinada há um ano. “Além disso, adquirimos e começamos a utilizar equipamentos específicos para fazer o diagnóstico automotivo dos veículos a diesel, a fim de atender o cliente com toda segurança possível”, finaliza ele.

Valdinei Ramos Técnico-mecânico - Centro Automotivo V.A.R Fone: (19) 3882-1120 e 3812-1288

Valdinei Ramos
Técnico-mecânico – Centro Automotivo V.A.R
Fone: (19) 3882-1120 e 3812-1288