O quadro “Minha Vida, Uma História” da semana é com Márcia Maria Pedro da Silva, de 60 anos.
Márcia nasceu na cidade de Santa Cruz da Conceição – SP, onde passou sua infância inteira. Lá, grande parte de sua rotina era voltada para a igreja. “Morávamos em frente à casa das freiras e sempre as ajudávamos. De sábado saiamos para pedir flores nas casas e enfeitar a igreja. Era bem legal. Quando fiz oito anos, comecei a cobrar o dízimo, assim, saía de casa em casa recolhendo o dinheiro”, conta.
A partir dessa tarefa, Márcia conheceu uma família que logo lhe acolheria para ser babá, em São Paulo – SP. “Durante minha adolescência, meus pais mudaram-se para o Xingu. Até cheguei a passear um tempo por lá, mas acabei indo morar na capital para trabalhar cuidando de crianças. Era ótimo viver em São Paulo na época”.
Alguns anos após, os pais de Márcia resolveram estabelecer-se em Cosmópolis. “Tínhamos parentes na Usina, o que sempre nos trazia aqui. Quando meus pais se mudaram eu vim também. Não foi um choque ver a diferença das cidades, pois eu já conhecia o ritmo cosmopolense”, explica.
Já morando em Cosmópolis, Marcia conheceu seu marido Altair José da Silva, com quem teve um filho. “Conheci meu esposo no encontro de missionários. Na época, ele trabalhava na Usina, onde, inclusive, aposentou. Tivemos apenas um filho”.
Além disso, ela afirma ter trabalhado na Teka por vários anos, mas em decorrência do nascimento do menino, teve que abandonar o posto. “Quando meu filho tinha em torno de 5 meses, adoeceu. Minha mãe ficou preocupadíssima, por isso, abandonei o serviço. Desde então não voltei a trabalhar. Passei a interagir cada vez mais com a igreja e com as criança. Para mim, isso bastou”, conta Márcia.
Atualmente, a senhora cuida de sua mãe, vitima de cinco AVC’s. “Ela está indo muito bem, come, dorme e conversa. Eu e meu marido estamos tentando fazer nossa parte”, desabafa.
Com 60 anos, Márcia Maria se considera uma pessoa feliz. “Tento aproveitar a vida do jeito que posso, pois não sei o dia de amanhã. Gosto de ser ativa e de ter sempre um sorriso no rosto”, finaliza.