Algumas pessoas terão mais dificuldade nesse trabalho, e não tem nada errado com isso, já que cada um é diferente do outro, cada um tem seu tempo
Muito se imagina que a maturidade está relacionada com a idade cronológica, ou seja, que quanto mais velho se fica mais maduro se é. Pode até ser o caso da maturidade física, em que o corpo atinge a idade adulta e normalmente é alcançada dos 18 aos 24 anos. No caso da maturidade emocional, pode haver uma pessoa de 18 anos mais madura que outra de 40 anos. Isso porque o que vai contribuir para a maturidade são as experiências que essa pessoa passou em sua vida e o quanto ela conseguiu aprender com elas. Apesar de existir momentos em que é perceptível um amadurecimento maior, esse processo é contínuo, é um constante aprendizado durante toda a vida.
As características de pessoas imaturas são: falta de controle emocional em situações em que se sintam pressionadas, incapacidade de receber críticas, repetem os mesmos erros, encontram culpado para tudo, não assumem responsabilidades, dificuldade em dialogar para resolver conflitos, insegurança e falta de confiança nas pessoas, baixa autoestima, dependência emocional, resistência à mudanças, reclama o tempo todo, falta de foco, persistência e motivação, entre outros.
Ser uma pessoa emocionalmente madura é conseguir controlar suas emoções da melhor maneira, assumir defeitos buscando melhorá-los e nos momentos das decisões não agir na impulsividade, buscando as respostas por meio de reflexão e racionalidade. Ou seja, quando a pessoa consegue desenvolver inteligência emocional e usufruir dos benefícios emocionais e sociais proporcionados, então se chegou a maturidade emocional.
Talvez a principal característica da pessoa madura esteja relacionada com o desenvolvimento de uma boa tolerância às inevitáveis frustrações e contrariedades ao longo da vida. Essa tolerância não significa não sofrer e nem conseguir evitá-las e sim conseguir passar por elas com a docilidade de compreender que essas situações fazem parte do aprendizado da vida. Aquela velha frase “não importa o que aconteceu na sua vida, o que importa é o que você fez com isso que aconteceu”.
Em relação aos erros do passado, estes devem ser lembrados como aprendizados para não serem repetidos, e não para se ficar ruminando e remoendo, aumentando assim o peso de uma culpa que não irá ajudar em nada. Depois de um arrependimento, aprender a deixá-los no passado para que não interfiram no presente ou no futuro.
Percebe-se o quanto amadurecer é um processo árduo que exige autoconhecimento e muita reflexão acerca da vida e do mundo. Conhecer seus pontos fortes e os fracos e estar disposto a trabalhar duro com as emoções e com a forma de pensar.
Algumas pessoas terão mais dificuldade nesse trabalho, e não tem nada errado com isso, já que cada um é diferente do outro, cada um tem seu tempo, algumas pessoas são mais sensíveis emocionalmente e a forma como ela foi criada é um dos fatores que mais contribui ou dificulta esse processo.
Para elevar o nível de maturidade emocional, o melhor jeito é se questionando: “para quais desafios da fase atual ainda não me sinto pronto?”, e “quais habilidades eu preciso aprender para resolver esses desafios?”. Isso até pode ser difícil de fazer sozinho, pois envolve um processo de autoconhecimento. A psicoterapia ajuda a encontrar as respostas. Afinal, reconhecer e buscar ajuda também faz parte de ser maduro.
Maristela T. Lopes Ramos
Psicóloga
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