“Artigo publicado em revista de ciência mostra que a maioria dos casos envolve mulheres entre 21 a 45 anos”
É estimado que a fobia de dirigir afete entre 7% e 8% da população mundial, de acordo com artigo publicado na revista Ciência Hoje. Observado principalmente em mulheres casadas, com nível superior, entre 21 a 45 anos, que exercem atividade remunerada e que, muitas vezes, possuem veículo próprio ou um carro à disposição, esse problema pode tornar-se um fardo para pessoas que, só de pensar em assumir a direção, podem sentir tremedeira nas pernas, transpiração excessiva, taquicardia ou dificuldade para dormir.
Chamado de amaxofobia (medo mórbido de se encontrar ou viajar em qualquer veículo, ou até mesmo de dirigir), esse mal acomete até pessoas que já tiraram a CNH (Carteira Nacional de Habilitação), mas que, por algum motivo, não se sentem seguras ou confiantes o suficiente para tirar o carro da garagem.
São vários fatores que levam as pessoas a terem medo de dirigir. O instrutor do Centro de Condutores Roberto Medeiros, explica que “depois que a pessoa se habilita, o medo pode ser decorrente de uma falta de preparo e uma falta de sequência.” Ele conta que o que pode causar o medo é a falta de prática. “A pessoa tira a habilitação e passa um período sem dirigir. Quando ela voltar, realmente, vai se sentir insegura e isso é o que acontece com a maioria”.
Mas, o medo não é somente causado pela falta de prática e também não é somente causado pelo fator ambiente. Isso porque o sentimento é individual, ou seja, pode ser decorrente de diversos fatores. Roberto diz que “o medo é inerente, todo mundo consegue vencê-lo, depende apenas de uma nova preparação para que a pessoa adquira confiança novamente”.
Roberto conta que a pessoa que tem medo de dirigir se arrisca menos, fazendo com que tenha menos chance de se envolver em um acidente. Ele afirma que o medo de dirigir é maior nas mulheres idosas, meia idade.
Para quem tem medo de dirigir é recomendado que procure uma autoescola e lá realize a prática novamente. Roberto diz que o ambiente é mais seguro por conta da supervisão e de recurso.
E o sentimento é maior com relações às motocicletas. Segundo explica Roberto, a moto apresenta um risco de acidente maior, pela condição de locomoção do veículo e exposição ao perigo. Da mesma forma que o carro, para perder o medo da moto é necessário ter prática.