O Narcóticos Anônimos é uma instituição filantrópica sem fins lucrativos que visa ajudar adictos em sua recuperação e luta contra as drogas. Há apenas um requisito para tornar-se membro do grupo: o desejo de parar de usar.
O Narcóticos Anônimos foi fundado em 1953, no sul da Califórnia – Estados Unidos da América. Chegou ao Brasil há mais de 30 anos e foi espalhando-se pelo país. Cosmópolis conta com dois grupos do NA: o Doze Passos, que se reúne no Salão Paroquial da Matriz Santa Gertrudes; e o grupo Harmonia, da Igreja São Benedito, localizada na Avenida da Saudade, dentro do salão social.
Um dos membros da instituição compartilhou sua história de superação contra as drogas, que passou a ser parte de sua vida ainda na adolescência, no período escolar. Esta superação contou com a colaboração dos Narcóticos Anônimos. “Entrei no NA há seis anos. Tive problemas com drogas e, por muito tempo, achei que poderia parar de usar quando quisesse. Até tentei algumas maneiras de me livrar, mas, a abstinência sempre se mostrou mais forte. Já derrotado, eu lembrei que, em 1992, minha família descobriu que estava usando drogas e me levou a um grupo NA em Campinas, chamado Luz.
Cheguei sem vontade de largar a droga, ainda muito novo. Eu possuía uma visão diferente daquilo e achava que fazia bem pra mim, me sentia mais animado e comunicativo. Ela fazia me tornar uma pessoa que eu queria ser e não conseguia”, conta o membro.
Após se recordar deste ocorrido, resolveu buscar a instituição, o que o levou para o grupo presente em Cosmópolis. “Fiquei limpo da droga, com Narcóticos Anônimos, durante quatro anos. Comecei a me distanciar do grupo, das pessoas e acabei voltando a usar”, confessa.
Para o homem, a instituição é como uma base e uma maneira de lidar com a abstinência. Ali, ele afirma tratar não só de seu problema com drogas, mas com o Transtorno Compulsivo Obsessivo, que o leva a ser adicto. “A droga é como a cereja do bolo. Minha vida inteira é centrada em compulsões e obsessões. Até hoje, se abro uma caixa de bombom, não consigo comer apenas um, eu como a caixa inteira. Era isso que eu tinha pela droga”, explica.
Em Narcóticos Anônimos, pontos como estes são abordados, o que leva ao primeiro tópico dos 12 Passos: “Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis”.
O membro da instituição afirma que o programa utilizado no grupo é simples e pode ser utilizado no dia a dia. “Eles trabalham a aceitação social e pessoal; se estou bem comigo, estou bem com a vida, com minha casa. Dentro do grupo, fui devolvido à sociedade como um membro produtivo e aceito nesse meio”, conclui.
As reuniões do grupo Doze Passos (Matriz Santa Gertrudes) acontecem às terças-feiras, quintas-feiras e sábados, a partir das 20h. Já as reuniões do Harmonia (Igreja São Benedito) são realizadas às quartas (20h) e sextas-feiras (19h).
Membro do Narcóticos Anônimos conta sua história contra as drogas
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