Mulher cosmopolense participa do 8º Encontro Off Road

Denise Pollak finalizou a prova aplaudida pelo público que prestigiou o evento em Artur Nogueira

O termo “off road” vem do inglês e significa “fora da estrada”. Ele é utilizado para designar práticas esportivas e automobilísticas que são praticadas em terrenos sem pavimentação, geralmente trilhas de difícil acesso, com barro, areia e pedras. A modalidade automobilística Off Road no Brasil tem ganhado espaço e público no decorrer dos anos, porém, ainda não é um cenário que conta com a presença de muitas praticantes do sexo feminino.
Nos dias 28 e 29 de maio, ocorreu o “8º Encontro Off Road de Artur Nogueira”, que contou com diversos praticantes desse esporte, realizando provas radicais. A cosmopolense Denise Pollak foi a única mulher a completar os obstáculos de dificuldade no evento. Em entrevista, ela conta um pouco mais sobre sua história e sua relação com essa prática esportiva. Confira.

Denise Pollak

Início da paixão
“Eu ainda era uma adolescente quando minha mãe nos deu de presente um Panorama (o carro era quase uma sucata). Saíamos de manhãzinha para andar nas estradas (trilhas) da Usina Ester, sempre curtindo o passeio, os desafios e as aventuras de ficarmos atolados no meio do barro e do restilo. O tempo foi passando, os compromissos com faculdade e trabalho fizeram com que as aventuras fossem deixadas de lado. Mas, a vontade de viver num estilo de vida off road nunca passou.
No ano passado, precisei trocar de carro devido ao crescimento da empresa, pois trabalhamos com produção, vendas e entregas de plantas. Nada mais justo do que unir o útil ao agradável. Decidi, então, investir um pouco mais e comprei uma caminhonete com tração 4×4. Ali nascia novamente a paixão pelo Off Road”.

O sentimento
“Sempre gostei de dirigir. Mas, sempre dei preferência às estradas de terra do que asfalto. No off road, todas as sensações da pilotagem são intensificadas; quando o carro está nas estradas de terra, barro, areia ou pedras, você é quem controla a máquina. Sente as suas reações, faz a abordagem correta de cada obstáculo, brinca com as leis da física, assimila a ação da força da gravidade, supera seus limites.
É uma sensação única e quase indescritível, tudo isso ainda somado à sensação de liberdade, o contato com a natureza, as paisagens maravilhosas, as amizades conquistadas, os aprendizados”.

O evento
No evento de Artur Nogueira, fui a única mulher a passar pelos obstáculos na trilha, uma grande realização, já que estou decidida em focar seriamente nesse mundo Off Road. Pois o Off Road não deixa de ser um hobby e, ao mesmo tempo, um esporte radical.
Sei que irei enfrentar muitos obstáculos, pois, infelizmente ainda é um dos esportes onde existe o maior preconceito machista, mas, nada me fará desistir dos meus sonhos. Na prova em Artur Nogueira, teve até um homem que, antes de eu entrar na pista, me disse para não ir, pois, além de não conseguir fazer o percurso, eu ainda iria dar trabalho para ser guinchada do local, pois era um espaço bem apertado dentro de um buraco e ao lado de um córrego.
O que ele me falou só me deu mais garra para entrar com ainda mais adrenalina no percurso. Saímos do outro lado após ter completado o trajeto e ainda fomos aplaudidas pela galera que estava observando o evento. Cada obstáculo vencido era uma festa. Eu estava com mais três super amigas que vibravam e me davam forças o tempo todo.

Próximos passos
“Saí do evento ainda mais apaixonada pelo off road e decidida a fazer as modificações necessárias para que minha 4×4 fique ainda mais agressiva e preparada para os próximos eventos.
Já recebi 3 convites para participar de outros grandes eventos dessa modalidade. A vida em aventuras traz a oportunidade de reunir os amigos, conhecer lugares novos, fotografar, filmar, viver grandes momentos, ter várias histórias pra contar e experiências para viver”.

Agradecimentos
“Gostaria de agradecer ao Paulo Elias de Oliveira e toda a equipe organizadora do evento. Quem quiser acompanhar mais, pode segui-los no instagram @tatuchuteira”.