Cada vez mais, as mulheres têm conquistado seu espaço em vários aspectos da sociedade. Um deles tem sido na hora de escolher um desenho e fazer a tão pensada tatuagem. Luis Leite de Melo, conhecido como Tilo não só na vida pessoal, mas também na profissional, explica que, há 28 anos na profissão, tem visto as mulheres se destacarem bastante. “Aumentou muito a quantidade de mulheres que desejam se tatuar. Antigamente, era uma maioria em peso de homens se tatuando. Há 28 anos que trabalho nessa área e, quando comecei, eram 10% de mulheres… Hoje, são 70% do público feminino e apenas 30% do público masculino, o que representa um aumento bastante significativo”.
Desenhos:
Antigamente, elas faziam mais desenhos pequenos, coração, flor, entre outros mais discretos. Hoje, mulher faz dragão, fênix, tatuagens grandes. “Elas procuram pelas mais ousadas, saíram bastante do delicado. Mesmo assim, é importante lembrar que cada uma possui seu próprio estilo e isso é determinante para a pessoa se sentir bem”.
Outro detalhe que determina algumas escolhas é o desenho da moda ou até a cópia de tatuagens de famosos. Mas, mesmo com o passar do tempo, nomes e frases são os mais pedidos, tanto para homem quanto mulher. Contudo, segundo Tilo, “as mulheres são mais decididas, apesar de precisarem da ajuda final do tatuador para uma decisão ou outra, elas costumam pesquisar bem antes e já vêm mais decididas sobre tamanho, local e tipo de desenho que desejam”.
Local:
Outro aspecto a se observar é que, antes, eram apenas os homens que faziam no braço. Hoje em dia, se você reparar, existem muitas mulheres com tatuagem nesse local, onde antes só os homens costumavam fazer.
“Costela, parte de fora do antebraço, e pé ainda são tendências muito escolhidas por elas. O pé já teve uma fase que a procura era maior, mas, atualmente, sem dúvida, a maioria quer tatuar a costela. Já existiu uma época em que era atrás da orelha, era o auge do local escolhido”, esclarece Tilo.
Dor:
“Eu acredito muito que a dor varia não só de pessoa para pessoa, mas também o emocional de cada um como importante influência no fato de doer mais ou menos. Creio que pé e costela são os lugares onde doem mais; por sinal, as mulheres escolhem esses locais mais doloridos. Creio que a mulher tem mais medo, mais que o homem. Porém, na hora de fazer, quem segura mais a dor é a mulher”, confidencia Tilo.