“Deus te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?” Miquéias 6.8
(Continua da edição anterior)
O julgamento é coerente com o amor. Um Deus de amor deve ser um Deus de justiça. É por amar que Deus é justo. Sua justiça põe na balança Seu amor e torna significativos Seus atos, tanto de amor quanto de justiça. Deus não poderia amar coerentemente os homens, se não proporcionasse o julgamento dos pecadores. Sua punição ao pecador e a separação que faz dos justos é manifestação do grande amor Divino. Devemos sempre olhar a cruz no negro pano de fundo do julgamento. Foi devido ao amor de Deus pelo homem ser tão intenso que Ele deu Seu Filho, de modo que o homem não tivesse de enfrentar o julgamento.
O julgamento é necessário como incentivo da consciência. O homem necessita do incentivo da recompensa pelo bem e da ameaça do castigo como elemento dissuasório contra o mal. Na composição atual de sua natureza moral, o castigo é um “aguilhão” necessário à sua consciência. O homem precisa dessa ameaça e de seu aviso, para evitar fazer o mal. Pode não ser esse o motivo mais elevado para que façamos o bem, mas mostra-se necessário diante das imperfeições que têm existido na natureza moral do homem, desde o Jardim do Éden.
Devemos ver o homem como ele é, não como devia ser, e pregar as nossas opiniões de justiça, misericórdia, amor e julgamento sobre o caráter de Deus e a natureza imperfeita atual do homem. O “ideal absoluto” não existe, a não ser na fantasia irracional do filósofo moderno que tece suas teorias filosóficas sem levar em consideração a revelação bíblica de Deus e da doença espiritual do homem.
Suponhamos que em algum país não houvesse forças policiais. O caos se instalaria da noite para o dia. Suponhamos, também, que não houvesse tribunais para corrigir os errados. Em que barafunda ficaria tal país! Ninguém estaria a salvo, em lugar nenhum. Em algumas cidades, as pessoas não se encontram a salvo, a despeito da proteção policial, e em algumas ruas até os policiais correm perigo. E de quando em vez até mesmo um policial é preso por ter infringido a lei.
As paixões más dos homens, mesmo com os dispositivos de aplicação da lei, são restringidas de leve apenas. Os jornais dão testemunho constante disso, com os seus relatos sobre atividades criminosas.