Na Bíblia Sagrada, encontramos a Justiça, Misericórdia e o Amor

“Deus te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?” Miquéias 6.8

Lemos em Miquéias 6.8, “Deus te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?”
Existem muitos a dizer que o julgamento não é coerente com a justiça, a misericórdia e o amor, mas afirmam-no por não entenderem a natureza de Deus. Recusaram-se a aceitar a revelação da natureza de Deus, encontrada na Bíblia.
O julgamento é coerente com a justiça, pois esta exige a pesagem na balança, e sem o julgamento isso seria impossível. Quando Jeremias disse: “rei que … executará o juízo e a justiça na terra” (Jeremias 23:5), ele colocou esses fatores em justaposição. A justiça é impossível sem o julgamento, a lei não pode existir sem uma penalidade.
A razão nos diria que haverá uma época na qual os Hitlers, os Eichmanns e os Stalins serão levados a prestar contas de seus atos. De outra maneira, não haveria justiça no universo. Milhares de homens maus viveram e praticaram sua maldade sobre os demais, sem parecerem ter pago um castigo em sua vida e a razão nos diz que haverá uma época em que os lugares errados serão tornados retos (Isaías 45:2).
O julgamento é coerente com a misericórdia. O Deus que fosse misericordioso deveria agir na misericórdia conforme os padrões da justiça e retidão. O julgamento de modo nenhum colide com a misericórdia, pois se esta deve ser utilizada, o julgamento deve ser uma parte da ordem Divina. Ser misericordioso sem ser justo é uma contradição.
O juiz que ministra justiça deve basear seus atos na lei. O rompimento da lei exige punição, e demonstrar misericórdia diante da lei transgredida é destruir a ordem e criar o caos. A misericórdia é qualidade que não pode esquecer ou negligenciar o princípio da lei; não sendo uma atitude universal em todos os casos de lei transgredida, mostra-se destruidora da ordem.
Um exemplo, uma pessoa detida na estrada por excesso de velocidade numa zona em que havia limite para ela, e no tribunal de tráfego declarar-se culpado. O juiz se mostrar não apenas amigo, mas ficaria até bastante embaraçado por estar em sua presença, como faltoso. O valor da multa foi confirmado, e se ele tivesse deixado a pessoa ir sem a pagar, teria sido incoerente com a justiça. A penalidade tinha de ser paga, por mim ou por outra pessoa!

(Continua na próxima edição)

Pastor Gessivaldo Gomes Rebouças
Igreja Metodista Wesleyana
COSMÓPOLIS-SP