A aposentada, de 89 anos, conta que é natural de uma área rural próxima a Artur Nogueira-SP.
“Sou de uma área rural localizada perto de Artur Nogueira-SP, um sítio, para ser mais clara.
Meus pais tinham um sítio lá, onde fui criada desde que nasci. Sempre ajudei e trabalhei com meus pais, mas, sempre quis sair de casa também, para conhecer coisas novas.
Minha mãe sempre me falava ‘apenas quando você completar os seus vinte anos você poderá sair de casa’, e eu não pensei duas vezes. Me mudei para São Paulo e comecei a trabalhar de doméstica na casa de um casal super simpático”, começa Nair.
A aposentada também conta que não gostou muito do seu novo emprego e sentia muito a falta da família. Então, decidiu voltar.
“Fiquei um período muito pequeno em São Paulo. Senti muita falta da minha família e não gostava muito do emprego, mesmo o casal sendo pessoas boas comigo, eu não gostava. Porque lá no sítio, onde eu morava com minha família, era tudo no meu tempo, eu trabalhava quando eu queria (risos), ajudava nas coisas leves, ficava à vontade, estava perto de minha família e assim ia. Então, voltei para cá. Depois de um tempo, conheci meu marido e me casei, e assim, eu vim para a cidade de Cosmópolis, para ter meus filhos”, comenta.
Nair diz que tinha muitos amigos e que a fase de sua adolescência foi uma das melhores. “Sinto falta da época em que eu e meus irmãos chamávamos nossos amigos e nos reuníamos lá no sítio, pegávamos o violão e cantávamos, era uma delícia! Eu tinha vários amigos e todas essas amizades eram sinceras. Brincávamos, corríamos, nos divertíamos com coisas simples e era tão bom; sinto falta de tudo isso. Minha adolescência foi muito boa”, finaliza.
