Namorada relata desespero no afogamento de jovem de 19 anos

Na tarde de sábado, 17, um rapaz, de 19 anos de idade, morreu afogado às margens do ‘Paredão’ na represa de Cosmópolis. O jovem, morador de Campinas, foi identificado como Eduardo de Oliveira, conhecido como ‘Dully’ e estava em Cosmópolis, a passeio, como em outros fins de semana, junto da namorada, moradora da cidade.

O casal estava se divertindo no local, por volta das 16 horas, quando ocorreu o incidente.

A equipe da Gazeta de Cosmópolis conversou com a jovem, namorada do rapaz, que relatou como aconteceu. Veja, na íntegra, seu depoimento:

O sábado à tarde

“Eu e ele estávamos combinando de sair, para namorar e nos divertir, foi quando decidimos ir ao ‘Paredão’. Houve um determinado momento que ele decidiu entrar na água pela borda da conhecida ‘Casinha’. Não era a primeira vez que ele tinha feito isso, pois, já tínhamos ido naquele mesmo local por outras duas ou três vezes”.

O início do desespero

“Ele entrou na água, tudo parecia normal e ele disse: ‘Vou mergulhar para ver se você consegue ir também’. Ele queria ver se dava pé para mim. Ele estava, inclusive, com um pedaço de pau; ele estava descendo, quando escorregou e quebrou o pedaço de pau.

Ele até sabia nadar, mas não tinha prática. Ele até me disse que algo tinha pego no pé dele, mas, como ele era muito brincalhão, pensei que fosse uma de suas brincadeiras. A partir deste momento, ele subia e descia muito rápido, e eu, paralisei, fiquei séria. Foi quando ele conseguiu dizer: ‘Me ajuda, faz alguma coisa’; e eu percebi que ele estava se afogando”.

Tentativa de socorro

“Então, me movimentei e vi que perto havia uma escada que descia para perto, tentei pegar um bambu para tentar ajudar, um pedaço de pau, para ver se conseguia puxá-lo. Mas, quando voltei às vistas para tentar lançar a ajuda, não conseguia ver mais ele, ele estava afundando, eu via apenas muitas bolhas e movimento na água.

Quando ele afundou, comecei a gritar, pedir ajuda para as pessoas que estavam na ‘prainha’. Liguei para a polícia, mas, parecia haver alguma interferência e parecia estar mudo. Tentei ligar para o meu tio, minha mãe… as ligações pareciam não ser concluídas.

Quando eu ia pular, chegou um senhor de moto e eu pedi ajuda dizendo que meu namorado estava se afogando, mas, ele disse que não sabia nadar.

Então, chegou um casal (identificados como Diogo Nabão e Regiane) em uma moto e o rapaz correu, pulou na água e tentou procurar meu namorado, mas, não conseguiu”.

A chegada do Corpo de Bombeiros

“Observamos que o Corpo de Bombeiros chegou nesse meio tempo e então reproduzimos um sinal para que eles vissem onde estávamos, pois, chegaram em uma altura diferente. Eles vieram e, quando começaram os trabalhos, infelizmente, já era tarde; só resgataram o corpo”.

A namorada ainda relatou haver incertezas sobre o que poderia ter ocasionado o afogamento de Dully. Uma das hipóteses seria que ele pudesse ter sido sugado por uma das turbinas da Represa. Outra hipótese é de que ele pode ter enroscado o short que vestia em algo no fundo do Rio.

O corpo de Dully foi examinado pela perícia técnica no local após o resgate e depois encaminhado para velório e sepultamento no cemitério da Saudade em Cosmópolis-SP.

Paredão da represa de Cosmópolis – Foto representativa

Eduardo de Oliveira