Não esfoliação dentária no período de infância pode causar problemas na arcada dentária

O início da infância é marcado pela queda dos chamados dentes decíduos, ou, dentes de leite. A mobilidade passa a acontecer por volta dos 5 anos de idade, sendo a troca iniciada por volta dos 6 anos, com os dentes inferiores (também conhecidos como centrais e laterais).
Apesar de necessária, grande parte da camada infantil sofre com receios de permitir que os dentes sejam retirados. “Isso acontece muito. Sendo assim, é importante a criança ter contato com o odontopediatra desde os 6 meses de idade, para os pais receberem todas as orientações e preparação para quando chegar o momento das trocas”, explica a odontopediatra Letícia Peloso.

Letícia Peloso
Odontopediatria e
Ortodontia
CRO 55918-
Clínica Cosmodent
R. Santa Gertrudes, 435, Centro
Fone: 3872 5662

A orientação da especialista é incentivar a criança a estimular o amolecimento do dente assim que os sinais de mobilidade se tornarem perceptíveis.
“Cada dente tem sua idade certa para esfoliar (cair). Dentes da frente, incisivos, centrais e laterais devem esfoliar até os 7 anos, os caninos por volta de 8 a 10 anos e molares por volta de 10 a 12 anos. Se não houver essa sequência de trocas, uma consulta a um especialista se mostra necessária”, explica.
Caso a troca não ocorra de maneira correta, é necessário manter a atenção para um problema conhecido como retenção prolongada, onde há falta de espaço para os dentes permanentes romperem ou reabsorverem as raízes do dente decíduo por inteiro, tornando-o firme novamente.
“Pode ocorrer na arcada dentária, causando má oclusão mordida cruzada, dentes permanentes tortos (palato ou na lingual)”, explica. “O dente permanente que irá romper no espaço do dente decíduo pode desviar o seu percurso, acarretando dentes inclusos, e impactados, necessitando de tracionamento”, continua.

Cuidados
No período de troca, a criança costuma sentir dores e desconfortos nos dentes moles. “Elas evitam comer e estimular o amolecimento, não escovam e não passam o fio dental. Os pais precisam ficar atentos e não deixar de fazer a higienização correta. Estimular o amolecimento, sempre lembrando a criança ou fazendo por ela”.
Em caso da não esfoliação, procure um odontopediatra, pois o mesmo detém recursos eficientes e indolores.