Negócio de pai para filho

Anos atrás, começar a trabalhar cedo era comum entre as famílias. E com a família de Valdinei Ramos, 43, não foi diferente. Quando seu filho Allan Ramos, com 27 anos hoje, tinha 11 anos, Valdinei deu a ele a responsabilidade de limpar as ferramentas de sua oficina de carros. “Quando ia procurá-lo para limpar as ferramentas, ou ele estava soltando pipa, ou brincando na cama elástica do vizinho”, relembra Valdinei.
Em todo começo, existem seus contratempos. Valdinei lembra que, no início, chegou a repreender Allan na frente de outras pessoas. “Às vezes, nem era ele que estava errado, mas, por ser filho, falamos para o filho e não para o funcionário”. Apesar dos erros e das falhas, o amor sempre prevaleceu entre os dois. “Eu posso estar onde for, ele chega, me abraça e me beija. Muitas pessoas até estranham”, conta Valdinei.
É de geração em geração que os valores morais e sociais são passados. O respeito até os dias de hoje é a chave para bons relacionamentos. Valdinei descreve assim o segredo para o bom relacionamento entre ele e seu filho. “Quando eu faço alguma coisa que o aborrece, eu peço desculpas”, e é na base da conversa que tudo vai se acertando entre eles.
Hoje, Allan carrega uma bagagem profissional muito grande. “Por ano, fazemos uns 20 cursos na área”, declara Valdinei. E é graças ao pai que Allan começou a andar com suas próprias pernas. ”Têm coisas que eu espero por ele para ter uma opinião”, revela Valdinei.
Depois de 17 anos trabalhando com o pai, em parceria entre os dois, Allan logo terá seu próprio negócio, e o seu pai é a sua fonte de inspiração. “A garra dele é o que mais me inspira”, revela Allan.