Nem sempre alimentos diet, light e zero são a melhor opção

Atualmente, percebemos que as pessoas estão cada vez mais preocupadas com a saúde e com a estética, buscando alimentar-se bem para alcançarem seus objetivos. Estão disponíveis no mercado inúmeras opções integrais, menos calóricas, e aquelas que utilizam os termos diet, light e zero. Porém, essas três denominações podem nem sempre indicar um alimento totalmente saudável e que vá ajudar em sua dieta para perder peso.

A Nutricionista Daniela Belinatti Menardo de Oliveira explica que os alimentos diet surgiram na década de 70 com o objetivo de restringir o consumo de certos nutrientes para diabéticos ou hipertensos ou com colesterol alto. Já os produtos light ganharam força nos anos 90 para auxiliar a perda de peso ou oferecer uma alimentação mais saudável.

Diet
O alimento diet é formulado com modificações especiais para se adequar a diferentes dietas ou indivíduos com necessidades metabólicas específicas. Nessa categoria, estão os alimentos com restrição e/ou isenção de nutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras e sódio), alimentos para controle do peso e, especificamente, alimentos para dietas de ingestão controlada de açúcares, como, por exemplo, dietas para portadores de diabetes.

Light
O termo light indica diferenças na composição de um produto em comparação a um produto tradicional. Um alimento é considerado light quando apresenta redução mínima de 25% das calorias ou de algum nutriente em relação ao original, como, por exemplo, gordura. Alguns pães são considerados light pelo seu teor reduzido de gorduras e não, necessariamente, de calorias.

Zero
Já o zero foi o último a integrar os termos empregados em embalagens de alimentos. O nome “zero” indica que o alimento apresenta restrição ou isenção de algum nutriente em comparação com a versão tradicional. Se a isenção for de açúcares, o produto ainda deve apresentar valor calórico reduzido. Um caso de alimento zero são os refrigerantes, que são isentos de açúcar e possuem muito menos calorias em comparação ao produto original.

Refrigerante ‘zero’, por exemplo, possui mais adoçantes artificiais e mais sódio em sua composição

Refrigerante ‘zero’, por exemplo, possui mais adoçantes artificiais e mais sódio em sua composição

Apesar da objetividade das definições, na prática, comumente, surgem dúvidas que dificultam a escolha do consumidor. “A portaria referente ao termo light, por exemplo, não estabelece valor máximo de restrição. É comum existirem alimentos isentos de algum nutriente ou caloria e que poderiam receber a designação de diet ou zero – com o termo light em seu rótulo”, observa a profissional.

Daniela Belinatti Menardo de Oliveira - Nutricionista Esportiva e Funcional CRN 10334 Fone:3872-3008/ 3872-3121

Daniela Belinatti Menardo de Oliveira – Nutricionista Esportiva e Funcional
CRN 10334
Fone:3872-3008/ 3872-3121

Os termos zero e diet também se confundem; contudo, compreendendo a legislação, a Nutricionista explica que o termo diet se refere a um alimento original e o termo “zero” se refere a uma versão modificada do original sem indicação específica a uma determinada doença. “A população frequentemente confunde alimento diet com alimentos de poucas calorias, porém, não necessariamente é desta forma. Um alimento restrito em açúcar pode conter maior teor de gorduras e apresentar teor calórico igual ou maior que o original, como ocorre com o chocolate diet”, esclarece.

Daniela ainda acrescenta que, de modo semelhante, um alimento pode ser classificado como light, mas, ainda assim, conter elevado teor de calorias para ser utilizado de rotina num plano alimentar para redução do peso, como acontece com o creme de leite light ou a manteiga light.

Por essa razão, a especialista ressalta a importância de olhar as tabelas nutricionais e compará-las entre si. “Verifique sempre qual é o nutriente reduzido e sua porcentagem, que estará na frente da embalagem, e compare com a versão original. Leia também os ingredientes que aparecem em ordem decrescente de quantidade e verifique se eles são indicados para o seu objetivo. Ou seja, preste atenção, pois, o que podemos esperar de um alimento light, cujo primeiro ingrediente é o açúcar?”, indaga ela.

Exemplos de alimentos que levam o nome de lights e não podem ser considerados saudáveis, de acordo com a Nutricionista, são os cremes de leite light ou leite condensado que, mesmo na versão light, são calóricos e, ainda sim, possuem açúcar e gordura. “Outro exemplo está nos refrigerantes zero e diet, que mesmo não sendo a versão original, não podem ser considerados saudáveis, pois, possuem, além dos adoçantes artificiais, mais sódio na composição”, alerta ela.

A recomendação da especialista é: “Para uma alimentação saudável, temos que comer comida de verdade, ou seja, frutas, verduras, legumes, evitando tudo que for artificial e industrializado. Descasquem mais e desembrulhem menos!”, aconselha Daniela.