O quadro ‘Entrevista’ desta semana é com Nery Marson, de 81 anos. Natural do Bairro Jaguari, em Limeira, Nery foi agricultor durante toda sua vida, parando apenas recentemente. Ele conta um pouco da sua história na cidade num jogo rápido de perguntas e respostas.
Há quantos anos mora aqui?
45 anos
O que você mais gosta na nossa cidade?
Das amizades, há 45 anos eu faço muitos amigos aqui, muitos deles já se foram, mas foram muitos amigos.
Fale um pouco sobre a sua profissão
Desde os 7 anos, trabalhei na roça, apanhava algodão, cortava cana, carregava caminhões, arava terra com os burros. Depois, começamos a plantar laranja, cana, fazíamos de tudo. Parei de trabalhar há uns 9 anos, depois que sofri um acidente caindo de um trator e não pude mais fazer serviços pesados. A vida na roça foi muito difícil. O serviço era muito pesado e nunca acabava, escassez de recursos, trabalho árduo…
O que você mudaria em Cosmópolis?
Queria rever o carnaval da Usina e o de rua, aonde nos divertíamos muito!
Como foram a sua infância e adolescência?
Na infância, já trabalhávamos desde cedo, ia à escola de manhã e passava a tarde trabalhando. Fazíamos de tudo. Na adolescência, íamos aos bailes no Bairro Jaguari, em Limeira, aonde passávamos a noite toda, todo sábado. Andávamos de 10 a 12 km para ir aos bailes; ia com minhas irmãs e meus irmãos nas quermesses. Tínhamos muito pouco dinheiro, íamos às festas para beber guaraná e comer doce.
Que dica você daria para os jovens cosmopolenses?
Eu acho que, hoje, os jovens poderiam mudar um pouco o comportamento, brigar menos, correr menos perigos. Aconselho-os a estudar e guardar dinheiro, para fazerem o futuro, terem cabeça, pensarem no dia de amanhã.
Quais são os seus planos para o futuro?
Quero continuar bebendo cerveja com os amigos e família; descansar, pois ainda não tive descanso. E saúde acima de tudo. Um dia ainda quero voltar a um liugar que gostei muito de visitar: Pico do Gavião, em Andradas – MG.
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Após este momento em que vivemos, procurem se reunir mais. Façam amizades, confraternizem… Curtam a vida.
