Neuropsicopedagoga fala sobre aulas online e o contato das crianças com a tecnologia

Atividade direciona a criança para aprender a filtrar as informações que recebe

“Primeiro, junto com a criança, deve-se escolher um lugar da casa e criar uma sala de aula que tenha o computador com acesso à internet”

Andréa Valente Melanda Neuropsicopedagoga especialista em avaliação e reabilitação cognitiva Rua dos Expedicionários, 1275 Cosmópolis (19) 99236 3191

Devido à pandemia causada pela Covid-19, as escolas tiveram que encerrar suas atividades presenciais temporariamente. Com isso, surgiram as aulas online. Muitos pais têm dúvidas sobre este assunto e a Neuropsicopedagoga Andréa Valente Melanda esclarece algumas questões.
Contato com a tecnologia
“Desde que este uso seja supervisionado por um responsável, não vejo problemas. O uso do eletrônico deve ser liberado apenas para as atividades acadêmicas, pois o conteúdo é muito rico e direcionado para o aprendizado, preparado por profissionais especializados”, diz a profissional.

Aula online
“O contato com a tecnologia para acessar aulas online é muito diferente do contato para acessar jogos e atividades recreativas. Contato tecnológico para conteúdos acadêmicos direciona a criança para aprender a filtrar as informações que recebe, selecionando conteúdo útil”.

Atividades
“Dependendo da faixa etária da criança, fazer atividades psicomotoras é como pular amarelinha, vivo-morto, entre outras que podemos encontrar facilmente na internet. Para os mais velhos, já alfabetizados, ler com a criança e ouvir/discutir o entendimento do que foi lido, imaginar outro final para a história… Vai ajudar muito na leitura/interpretação de texto e desenvolver a criatividade”, explica a Neuropsicopedagoga.

Ajuda dos pais
“Primeiro, junto com a criança, deve-se escolher um lugar da casa e criar uma sala de aula que tenha o computador com acesso à internet, uma mesa apenas com o material escolar e que esteja completo com lápis de escrever e de colorir, borracha, apontador, cadernos e livros, e garantir que seja um lugar sem interferências externas, como, por exemplo, televisão. Auxiliar a criança a se conectar e respeitar o tempo da criança em relação ao aprendizado das atividades. Tenho visto muitos pais que se desesperam quando veem a criança demorando um pouco mais que os outros ou que respondem errado as perguntas das professoras. Precisam entender que para reter o conteúdo, primeiro, ele precisa ser compreendido e assimilado, e esse tempo é diferente para cada criança”, finaliza a profissional.