Ninguém deixado para trás…

Com certeza, você já deve ter ouvido o ditado popular: “A voz do povo é a voz de Deus.” Muitas vezes, percebemos o clamor popular como algo positivo e benéfico. No entanto, em outras ocasiões, notamos as multidões fora de si, inclinando-se para a futilidade e o erro. Nem sempre a voz do povo é a voz de Deus. Aliás, biblicamente, o erro e, por vezes, a falta de fé são ligados à multidão ou à maioria.
Um rápido exercício de memória nos leva a constatar isso. Os gentios sempre foram a maioria em relação ao povo judeu, nem por isso tinham a verdade. Foi a voz de uma multidão que condenou Cristo à morte e perdoou o marginal Barrabás. A maioria absoluta estava errada e morreu por ocasião do dilúvio. Somente Noé e sua família estavam certos e foram salvos.
Por outro lado, na Bíblia, muitas vezes, uma minoria mantém a verdade e a defende. Foi assim com os três hebreus diante da fornalha ardente em Babilônia. Foi assim com os discípulos, com a Reforma Protestante; e, infelizmente, é assim hoje.
A verdade bíblica continua impopular, julgada pelos padrões humanos e desprezada pela maioria. Isso deve ser um aviso a todo cristão sincero que busca a vontade de Deus. É por isso que Jesus nos encaminha ao estudo da Palavra de Deus. “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de Mim” (João 5:39).
Ao examinar as Escrituras, você sabe qual é uma das verdades mais afirmadas? Essa verdade sintetiza o amor de Deus e é a mais vibrante esperança. Acertou se você pensou na “volta de Jesus”! Há cerca de 2.500 referências bíblicas ao tema. Deus apresenta essa promessa de forma enfática. Nada pode ser mais belo, nada pode aquecer mais o coração do que esperar Jesus voltar. Aquele que nunca quebrou uma única promessa declara que virá outra vez e nos levará de volta para casa! Ele diz: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, Eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando Eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para Mim mesmo, para que, onde Eu estou, estejais- vos também” (João 14:1-3).
Essa verdade parece ser aceita por protestantes, católicos, evangélicos e pentecostais. Ao menos em um ponto todos concordam, certo? Errado. Embora todos creiam que Jesus vai voltar, há muita divergência acerca de como isso acontecerá. Embora a Bíblia seja clara e simples, o ser humano não resiste à tendência de especular e elaborar ideias nem sempre verdadeiras. Veja o que Cristo disse sobre isso: “E em vão Me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mateus 15:9).
Precisamos saber claramente o que a Bíblia ensina a respeito da volta de Jesus. Como em outros casos, também precisamos seguir o princípio da tota e sola Scriptura (toda e somente a Escritura) para fundamentar nossa crença sobre o assunto.
Existem basicamente duas ideias populares a respeito da volta de Jesus. De acordo com a primeira, o retorno de Cristo ocorrerá em um único momento e será presenciado por todos os habitantes da Terra. O evento será real, literal, visível e pessoal. A segunda compreensão divide o evento em dois momentos, com um intervalo de sete anos entre eles. Sendo que, no primeiro momento, Jesus viria secretamente e resgataria sua igreja. Então, depois da grande tribulação (de sete anos), Jesus voltaria novamente de maneira gloriosa.

Extraído da Revista Esperança Viva
Uma Escolha Inteligente
Igreja Adventista do 7º Dia