“Novembro azul é uma campanha mundial com o objetivo de reforçar a importância da prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de próstata, o qual é o segundo câncer mais comum entre os homens brasileiros, atrás apenas do câncer de pele.
A próstata é uma glândula do tamanho de uma pequena ameixa com peso aproximado de 20 gramas, que fica abaixo da bexiga e à frente do reto, responsável por 30% do volume do sêmen. A uretra (canal da urina) passa pelo centro da próstata e, por esta razão, um dos principais sintomas dos homens com problema na próstata é a diminuição do jato urinário.
Estima-se que 1 a cada 6 homens desenvolverá câncer na próstata, a grande maioria acima dos 50 anos. Daí a importância dos exames de toque retal e dosagem no sangue do PSA (Antígeno Prostático Específico).
Homens com familiares de primeiro grau (pai/irmãos) que tiveram câncer da próstata devem iniciar seus exames a partir dos 40 anos.
Infelizmente, ainda existe um enorme tabu em relação ao exame da próstata.
Pesquisas recentes apontam que 49% dos homens nunca realizaram o exame.
Sintomas:
Na fase inicial, o tumor é silencioso e a grande maioria dos pacientes não apresenta nenhum tipo de sintoma. Algumas vezes, apenas diminuição do jato urinário, sintoma esse muito comum no homem acima dos 50 anos.
Com o avanço da doença, outros sintomas que indicam maior gravidade podem aparecer, tais como: retenção urinária, dor nas costas, costelas, região pélvica e urina com sangue.
Dr. Guilherme Becker Burmeister
CRM-SP 61706
Assistente do Serviço de Urologia do Hospital da Puc de Campinas
Diagnóstico:
O diagnóstico é realizado através da dosagem do PSA e toque retal da próstata, os quais, se alterados, levam à necessidade de realização de biópsias para confirmação da doença.
Tratamento:
A decisão do melhor tratamento é feita caso a caso conforme estágio da doença e idade do paciente.
Para os casos iniciais, aonde a doença ainda está localizada, o tratamento preferencial é a cirurgia radical com a retirada da próstata. Este tratamento apresenta altas taxas de cura definitiva.
Outra opção é a radioterapia e, em alguns casos especiais, apenas observação vigilante.
Para os casos avançados com doença metastática (acometimento de outros orgãos), utilizamos o tratamento hormonal para controle da doença.
Neste estágio, não é mais possível falar em cura.
Como medidas de prevenção, é importante adotar hábitos de vida saudáveis, dieta equilibrada, evitando a obesidade, praticar atividade física regular, eliminar vícios e fazer avaliação clínica anualmente, pois, o mais importante é fazer o diagnóstico em tempo hábil para a cura, evitando, com isso, muito sofrimento e morte precoce”.
Por Dr. Guilherme Becker Burmeister
CRM-SP 61706
